UMA SUCESSÃO de erros de passes de são-paulinos e palmeirenses, um estéril domínio verde, o esforço de Luís Araújo, a classe de Guerra e mais nada no primeiro tempo não permitiam imaginar que os 45 minutos finais seriam o que foram ontem no Morumbi, com 33 mil torcedores.
PorqueLucas Pratto apareceu para fazer um gol com o poder de finalização que poucos atacantes tem no futebol brasileiro e, ainda por cima, com a facilidade que tem para passar bolas preciosas que viram gols, como o segundo do Tricolor, dos pés de Luiz Araújo e com rara falha de Fernando Prass.
O campeão brasileiro deve boas atuações desde o ano passado e mesmo quando vence não convence.
Como não dá nem para comparar o nível de investimento feito em seu elenco com o do São Paulo, está na hora de cobrar mais futebol e menos marra, que tem sobrado sem razão.
Do lado vencedor, 15 anos e 15 vitórias tricolores, mais nove empates no Morumbi, é possível que o triunfo signifique a confiança que permita disputar um Brasileirão com dignidade.
| Rivaldo Gomes/Folhapress | ||
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| O centroavante Lucas Pratto comemora gol no clássico contra o Palmeiras |
LIBERTADORES
A armada brasileira seguirá forte nas oitavas de final da Taça Libertadores da América.
Seis dos oito times que começaram o torneio continental seguirão adiante, cinco deles como primeiros colocados em seus grupos, apenas o Furacão em segundo. O que pode significar o reencontro do técnico Eduardo Baptista com o Palmeiras se o sorteio, marcado para 14 de junho, assim determinar.
No dia 4 de julho teremos o começo dos jogos de ida das oitavas de final e no dia 10 de agosto os jogos de volta.
O Galo acabou com a melhor campanha na classificação geral, o que lhe dá a vantagem de fazer sempre o segundo jogo em casa.
Os seis brasileiros terão tempo de sobra para se fortalecer e fazer no mata-mata o que ainda não foram capazes na fase de grupos.
Apenas o Santos está invicto entre os 16 classificados, com três vitórias em casa e três empates fora.
A Chapecoense só não se classificou em segundo lugar de seu grupo porque vacilou ao escalar um jogador suspenso e por isso perdeu os pontos da suada vitória contra o Lanús, na Argentina. Imperdoável.
Já o Flamengo ficou outra vez pelo caminho.
Pegou um grupo duro, mas foi incapaz de fazer ao menos um ponto nos jogos fora de casa, como se tivesse desde 1981, quando ganhou sua única Libertadores, um trauma parecido com o do Galo, desde 1971, no Brasileirão.
Nas 12 participações rubro-negras depois do título, foi a quinta vez que o time acabou eliminado na fase de grupos, as três últimas vezes nesta década, em 2012/14 e agora. É demais.
Seja como for, depois de três anos sem nem sequer disputar as finais, é muito provável que tenhamos brasileiros na decisão, se duvidar, até dois times.
River Plate e San Lorenzo são as duas maiores ameaças nesta edição em 2017 sem nenhuma surpresa como, por exemplo, aconteceu na temporada passada, quando o colombiano Atlético Nacional deu as cartas com um timaço.
Se o Brasileirão não mostrou ainda nenhum papão, a Libertadores também não.
POR QUE...
...a CBF protege os crimes de Ricardo Teixeira?
O dinheiro surrupiado era da seleção.