Folha de S. Paulo


Título do Palmeiras está tão perto, que nada como uma semana para curti-lo

Pronto!

Está decidido: o Palmeiras tem a semana inteira para preparar a festa verde da cabeça aos pés, com uma recepção de gala para os simpáticos catarinenses de Chapecó que, elegantes, também virão de verde.

E nem será preciso vencê-los, embora eles saibam que, como nobres coadjuvantes, o papel que lhes resta seja este.

Ao Palmeiras basta empatar enquanto Flamengo e Santos resolvem entre si quem será o vice-campeão, algo que, definitivamente, não interessa à gente alviverde.

Depois de 22 anos sem mandar no futebol brasileiro, mais um título se aproxima.

O quinto, se você considerar que o Brasileirão começou a ser disputado em 1971, como sempre foi até que, por razões políticas, a CBF resolveu bancar a velha União Soviética e rever a história.

Para este colunista, em nome de um mínimo de coerência, considerar a Taça Brasil como Campeonato Brasileiro é simplesmente ridículo, risível mesmo. Já o Robertão, a partir de 1967, pode sim ser tomado como o Brasileirão, razão pela qual o Palmeiras se prepara para ser o primeiro heptacampeão brasileiro no domingo que vem.

O jogo contra o Botafogo foi novamente de tirar o fôlego, com menções especiais a Jaílson, o Paredão Tranquilo, a Vitor Hugo, Moisés e Dudu, sem esquecer que foi de Gabriel Jesus o passe para o gol solitário do clássico com um Botafogo incandescente no segundo tempo, depois de ter criado três boas chances de gol no primeiro, duas neutralizadas por Jaílson, outra desperdiçada pelo zagueiro Carli.

Incrível como nos 45 minutos iniciais o Palmeiras ficou com a bola quase 75% do tempo e acabou criando o mesmo número de oportunidades do rival, duas que pararam nas mãos de Sidão e outra que Gabriel Jesus desperdiçou.

O gol de Dudu foi o do desafogo que 40 mil torcedores mereciam na casa verde para nem se assustarem com a virada, naquele exato momento, do Santos no Mineirão.

Basta de sustos!

Agora é contar os dias até domingo, preparar o palco, comprar os fogos de artifício, gelar a cerveja e partir para o abraço.

Um abraço muito maior que a Itália, pois do tamanho do Brasil.

VIAJA, MARCO POLO!

Marco Polo não viaja, mas seu dinheiro se movimenta com desenvoltura entre Miami, Nova York e as Ilhas Virgens Britânicas, como mostrou o brilhante repórter Sérgio Rangel.

Depois de inovar como o primeiro Marco Polo que não viaja, agora o cartola da CBF, ao negar a revelação, apenas repete Paulo Maluf e Eduardo Cunha que, como se sabe, também não têm contas no exterior.

OLIMPÍADA MARAVILHOSA

A Rio-2016 foi um sucesso, apesar dos maledicentes, dos críticos, dos chatos. Mas.

A Olimpíada foi inesquecível. Mas.

Mas o dinheiro e o esforço gastos nela, mais o que se roubou, fora o que os credores ainda têm a receber, além de dois ex-governadores na cadeia, revelam que os "mas" ganham, passados apenas 90 dias da festa dos deslumbrados.

Mas não foi por falta de aviso.

Mas nem se imaginava que até os helicópteros não resistiriam aos tiroteios.

Mas Sérgio Cabral, Eduardo Paes e Carlos Nuzman são três cariocas que entraram para a história.

Mas história com final melancólico.


Endereço da página:

Links no texto: