Pode ser que o título ainda não venha hoje, mas acabou de ser conquistado em Belo Horizonte, no disputado empate com o Galo.
Verdade que para a festa ser já neste domingo não precisará acontecer nada de especial, nenhum resultado incomum, milagre algum.
Ganhar, em casa, do Botafogo é apenas o que se espera do Palmeiras. Anormal será qualquer resultado diferente.
Idem com batatas no Mineirão, onde o Cruzeiro em franca ascensão, e relaxado, é ligeiramente favorito embora o empate ou a vitória do animado Santos, que evitam o título verde antecipado, estejam longe de ser zebras.
Menos provável, apenas, é o Flamengo não ganhar do Coritiba no Maracanã, mas com a bolinha que o rubro-negro tem jogado nas últimas rodadas...
Fato é que o Palmeiras mais uma vez mostrou segurança na renhida disputa com o Galo e no resumo da ópera o goleiro atleticano Victor trabalhou mais que o palmeirense Jaílson.
A ausência de Mina acabou sendo sentida só nos três escanteios que o Palmeiras teve a seu favor, porque nos três que teve contra, assim como nos demais lances em sua área, impressionou a atuação soberana do experiente Edu Dracena, superior até a Vitor Hugo, que quase entregou o ouro para Fred no fim do primeiro tempo.
Dudu também fez um partidaço e se não foi acompanhado durante todo o jogo pelo menino Gabriel Jesus, evidentemente cansado pela maratona a que se submeteu entre Lima e Belo Horizonte, no lance decisivo em que tal acompanhamento era vital, lá estava ele para quebrar o jejum de gols e marcar o tento mais importante da caminhada alviverde para o título.
Zé Roberto sim, foi ausência sentida, não apenas técnica, mas, principalmente, pelo acréscimo de tranquilidade que daria aos mais jovens.
O título pode vir hoje, tomara com bom futebol, embora talvez até seja melhor que venha no próximo domingo, contra a Chapecoense e por dois motivos: a festa será inteiramente verde, sem preto e branco algum para atrapalhar, e ao fim dos 90 minutos, diferentemente desta tarde pelo fato de o Flamengo jogar depois.
É claro que o ansioso torcedor palmeirense quer soltar o grito preso na garganta há 22 anos o mais rapidamente possível e não dar sopa para o azar.
Só que, às vezes, a expectativa da festa é quase tão boa como a própria festa e, no caso, como é certo que virá, saboreá-la por mais uma semaninha não fará mal a ninguém.
PACHEQUICES
Que um torcedor agradeça o fato de Luis Suárez estar suspenso e não enfrentar a seleção brasileira, em março do ano que vem, é compreensível.
Torcedores, em regra, só pensam em vencer.
Daí a jornalistas festejarem a ausência do craque uruguaio em Montevidéu vai uma enorme distância.
Porque estes deveriam pensar no futebol, na disputa equilibrada, nos desafios a serem enfrentados, no jogo!
Tite, que saudou a desistência de Messi em desistir da seleção da argentina, certamente preferiria encontrar a Celeste completa, segundo grande teste que teria pela frente com seu time que ainda engatinha, embora já praticamente classificado.
Suárez fora só é boa notícia para jornalista que nem sabe o que é notícia.