Folha de S. Paulo


Quase sem sustos

Ale Frata/Código19/Folhapress
Cleiton Xavier comemora gol. Partida entre Palmeiras e Internacional, jogo valido pela trigesima quarta rodada do campeonato brasileiro serie a, no Allianz Parque, zona oeste da capital.
Cleiton Xavier comemora gol na partida entre Palmeiras e Internacional

O torcedor alviverde sofre.

Seu time faz 1 a 0 e administra a vitória. Sempre pode acontecer um acidente, numa bola vadia.

Um empate ontem seria terrível, porque o Santos virou para cima da Ponte Preta, assumiu a vice-liderança e poderia ameaçar.

Poderia.

Se a rodada começou com o Palmeiras cinco pontos à frente do Flamengo, então em segundo lugar, terminou com o líder seis pontos adiante do novo vice.

Tranquilo não foi, num jogo guerreado contra o desespero do Inter e sob chuva forte no primeiro tempo, gramado rapidíssimo, disputas físicas e, milagre!, ótima arbitragem de Péricles Bassols.

Paulão, zagueiro colorado, reclamou que não cabeceou a bola que originou o escanteio que redundou no gol palmeirense, de Cleiton Xavier. Quem cabeceou foi o estupendo zagueiro Mina, do Alviverde. De fato. Só que a bola, depois, bateu no braço do gaúcho.

Faltavam ainda 75 minutos para o jogo terminar e cabia ao Inter assustar o Palmeiras.

Cabia, mas não coube.

Chance claríssima de gol só houve mais uma, no fim do jogo, e nos pés de Gabriel Jesus, que fez tudo certo, mas pegou na trave, depois de leve desvio do goleiro Daniel Fernandes.

Jaílson, o Paredão Tranquilo, não precisou fazer nenhuma grande defesa e, olhe, está lá para isso – e tem feito quando necessário.

O Palmeiras segue construindo sua rota para o título com segurança, ontem sem Moisés, só que também com a fortuna de escalar Cleiton Xavier e vê-lo sair, novamente machucado antes do fim do clássico, mas como herói.

Reclame o torcedor rubro-negro, que viu o Flamengo, na reta final, empatar outra vez, ganhar apenas três dos últimos 12 pontos que disputou.

Faltam apenas quatro rodadas e o Palmeiras tem mais dois jogos em casa, contra Botafogo e Chapecoense.

Não será fácil o próximo embate, contra o Galo, fora, mas também o Santos, na penúltima rodada, enfrentará o Flamengo, no Maracanã.

A grande dúvida é uma só: até lá o Palmeiras já não terá soltado o grito de campeão brasileiro, preso há 22 anos na garganta?

Tudo indica, rara leitora palmeirense, raro leitor palmeirense, que sim.

Se não, na última, sem dúvida. Quer apostar?

TOLINHOS E IGNORANTES

O primeiro foi Ricardo Teixeira, diretamente.

Agora, o Marco Polo que não viaja tentou por interposta pessoa.

Ambos deram com os burros n'água por apostar que o mundo é feito só de gente vaidosa ou em busca de boquinhas, ou boconas.

Tostão rejeitou novo convite da CBF porque um Tostão vale trilhões de cartolas sem noção de dignidade.

A GOLEADA QUE FALTAVA

O massacre são-paulino no Majestoso sobre a apatia corintiana era tudo de que o time do Morumbi precisava para remediar um ano ruim. Lavou a alma.

Era também o resultado para coroar o processo de ruína que colheu o Alvinegro do presidente ao ponta-esquerda e que passa, inexorável, pelo ex-presidente. Pedra cantada.

ARENA REJEITADA

Em fins do ano passado, o direito de uso do nome da Arena Corinthians foi oferecido à Friboi, sem que precisasse pagar pelo primeiro ano.

A empresa, com problemas com o BNDES e com a PF, nem quis abrir negociação.


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