Folha de S. Paulo


Além de Palmeiras x Cruzeiro, o Fla-Flu também atrai as atenções

Cesar Grecco/ Ag. Palmeiras/Divulgação
Em jogo de cinco gols, Palmeiras vence Santa Cruz e aumenta vantagem na liderança
Róger Guedes comemora gol do Palmeiras sobre o Santa Cruz

ARARAQUARA É uma das cidades mais apropriadas do mundo para receber os Palestras paulista e mineiro nesta quinta.

Notabilizada nas últimas eleições municipais por ser das poucas onde o PT venceu ao fazer novamente prefeito o ex-ministro Edinho Silva, a cidade foi uma das que mais receberam imigrantes italianos no começo do século 20.

A romântica Fonte Luminosa, com capacidade para 20 mil torcedores, totalmente reformada exatamente no período em que Silva ocupou a prefeitura por dois mandatos, viverá, a partir das 19h30, uma noite decisiva para a sorte do líder do campeonato.

Repete-se hoje lá o clássico dos dois Palestras que em 2012 tinha o Palmeiras na luta mal-sucedida para escapar do segundo rebaixamento e que terminou com a vitória dos paulistas por 2 a 0, dois gols do argentino Barcos.

Então, o Palestra mineiro ocupava o meio da tabela do Brasileirão, em nono lugar.

Agora, o Palmeiras é o favorito ao título e o Cruzeiro ocupa apenas o 12º lugar, 24 pontos atrás do líder.

Nada que autorize supor um jogo fácil, ao contrário.

Os mineiros crescem a olhos vistos sob o comando de Mano Menezes e devem jogar fechado certos de que o Palmeiras considera mau resultado um empate que para eles será ótimo.

Noventa minutos depois do jogo no interior paulista, em Volta Redonda, tem Fla-Flu, outro jogo decisivo em que o vice-líder rubro-negro tem de vencer custe o que custar para permanecer nos calcanhares do Palmeiras.

Se o Palmeiras é ligeiramente favorito, no interior fluminense não tem vantagem para o Flamengo, porque como disse o filósofo, clássico é clássico e vice-versa.

Certo é que será uma noite palpitante esta da 30ª rodada de Brasileirão que, se não empolga pelo nível técnico, entusiasma pela competição ferrenha em busca do título.

De quebra, ao mesmo tempo do jogo na Fonte Luminosa, o terceiro colocado Galo recebe o América num embate aparentemente fácil e à espreita de vacilos dos times que lhe estão à frente.

Sim, temos hoje uma super quinta-feira!

TITÂNICO

Bastaram quatro jogos para, sob o comando de Tite, a seleção brasileira subir do sexto para o primeiro lugar nas eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo na Rússia, em 2018.

Em seis jogos sob Dunga, nove pontos ganhos.

Sob Tite, 12 em quatro jogos.

Com o ex-técnico, 11 gols, 1,8 por partida.

Com seu sucessor, 12, três por jogo.

Os números são incomparáveis, mas são o menos importante.

O desempenho sim, embora anteontem a atuação brasileira, sob forte chuva e em gramado ruim, tenha sido apenas para o gasto.

Philippe Coutinho perdeu grande chance de ser protagonista ao abusar do jogo individual e Paulinho talvez tenha começado a se despedir do grupo, apesar de, pela experiência, ainda poder sobreviver para o próximo desafio, contra a Argentina, dia 10 de novembro, na volta do time canarinho ao Mineirão de triste lembrança.

Neymar retorna, assim como Lionel Messi, no clássico que será o grande teste de Tite e quase de vida ou morte para os argentinos, em queda livre sob o comando de Edgardo Bauza.

Gabriel Jesus é o cara do momento. Como Tite.

Marco Bello/Reuters
Football Soccer - Venezuela v Brazil - World Cup 2018 Qualifiers - Metropolitano Stadium, Merida, Venezuela - 11/10/16 - Brazil's Gabriel Jesus (9) celebrates his goal with team mate Philippe Coutinho. REUTERS/Marco Bello ORG XMIT: MER05
Gabriel Jesus comemora primeiro gol da seleção brasileira diante da Venezuela

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