Folha de S. Paulo


Empate em São Paulo satisfez tanto o Palmeiras quanto o Flamengo

Rubens Cavallari/Folhapress
SAO PAULO, SP, BRASIL. 14-09-2016. 22h01min13s. Palmeiras e Flamengo pela 25ª rodada da serie A do Campeonato Brasileiro 2016 no Allianz Parque. (foto: Rubens Cavallari/Folhapress, VENCER, **** EDICAO NORMAL****). ***EXCLUSIVO AGORA***EMBARGADA PARA VEICULOS ON LINE***UOL E FOLHA.COM E FOLHAPRESS CONSULTAR FOTOGRAFIA DO AGORA SÃO PAULO***f: 3224-2169, 3224-3342. *filename:F76U0934.JPG* (TRAX NUMBER: 10065501A) ORG XMIT: F76U0934.JPG
Palmeiras e Flamengo se enfrentam no Allianz Parque, pelo Brasileiro

O Flamengo fez o que todo time deveria fazer quando joga fora de casa. Foi para cima do Palmeiras e mandou no jogo mais esperado do ano nos primeiros cinco minutos, além de conseguir equilibrá-lo depois que o Palmeiras se encontrou em campo.

Mas perdeu Márcio Araújo ainda no final do primeiro tempo e daí, é claro, tratou de defender o empate

O jogo não cumpria a expectativa e acabou prejudicado pelo rigor excessivo da expulsão.

O segundo tempo foi muito melhor.

Dessas coisas do futebol, depois de muito se defender, o Flamengo lançou mão de Alan Patrick que fez 1 a 0 segundos depois de entrar, em seu primeiro toque na bola.

E o Flamengo quase ampliou duas vezes até que "O Louco Cuca" encheu o Palmeiras de atacantes.

Gabriel Jesus, então, o que era dúvida, acertou as duas traves e decretou o empate para alegria de mais de 32 mil torcedores.

O empate acabou melhor para o Flamengo, pelas circunstâncias de jogar com 10 por 50 minutos.

Mas manteve o Palmeiras na liderança e evitou o que seria uma catástrofe, a derrota em casa com um a mais.

Pena que enfrentará o Corinthians, sem Fagner, depois de amanhã, sem Vitor Hugo e Gabriel Jesus.

COMO ANTIGAMENTE

Havia também uma boa expectativa para o jogo entre Botafogo e Santos, na Ilha do Governador.

Apesar do gramado indigno de receber um jogo do Brasileirão, os dois times, ao menos, disputaram uma partida lá e cá, com os cariocas buscando se recuperar do belo gol feito por Zeca logo de cara.

Como nos anos 1960, em vão.

Deu Santos, de novo no G4.

CATALÃES ENDIABRADOS

O que o Barcelona fez com os escoceses do Celtic não se faz com um visitante ilustre.

O 7 a 0 aplicado pela Liga dos Campeões não foi um acidente, dessas goleadas que são aplicadas porque um time fica desnorteado e leva uma porção de gols em poucos minutos, como, por exemplo, aconteceu, sim, você sabe quando.

Não.

Albert Gea/Reuters
Neymar marca o terceiro gol do Barcelona
Neymar marca o terceiro gol do Barcelona

A goleada foi sendo aplicada homeopaticamente, com direito a defender até pênalti do rival, quando o jogo estava só 1 a 0, para dar emoção, passar uma sensação de dificuldade, de equilíbrio.

O primeiro tempo acabou com um placar normal, 2 a 0, dois gols de Lionel Messi, aos 3 e aos 26.

Dava para cogitar num dois vira, quatro acaba, por aí, não mais.

Mesmo o massacre do segundo tempo só teve um gol em seguida a outro, de Andrés Iniesta, aos 13, e de Messi, no minuto seguinte.

Antes, Neymar havia marcado aos 3 e, depois, Luisito Suárez, marcou aos 29 e aos 42.

Tudo bem distribuído, ao natural.

Se é que se pode chamar de natural a tabelinha entre Messi e Neymar que redundou no segundo gol.

Ou a cobrança de falta de Neymar que valeu o 3 a 0.

Neymar se limitou a fazer apenas um gol, mas deu quatro passes para quatro gols.

Um desses gols, o de Iniesta, de primeira, sem deixar a bola tocar o chão, simplesmente espetacular pela precisão, na veia.

Imagine que estava 5 a 0 e Suárez não havia feito nem um golzinho sequer.

"Que calamidade!", deve ter pensado o uruguaio.

Pois fez os dois últimos.

O Barcelona nem precisa ser campeão.

Precisa só continuar a homenagear o futebol.

Nós agradecemos.

De joelhos.


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