Folha de S. Paulo


No futebol, o ouro para as mulheres é desafio maior que para os homens

Amanhã tem a primeira rodada do torneio feminino de futebol da Olimpíada, com seis jogos. As brasileiras enfrentam as chinesas no Rio, no Estádio Olímpico Nilton Santos.

A cerimônia de abertura sim, será só na sexta, no Maracanã.

O ouro para as mulheres é desafio incomparavelmente maior do que para os homens, porque, ao contrário do torneio masculino, no feminino veremos o que há de melhor no mundo, sem restrição de idade.

Como os homens em três oportunidades, as mulheres brasileiras já bateram na trave duas vezes, ao ganharem a medalha de prata na Olimpíada de 2004 e 2008, com duas derrotas nas prorrogações para as americanas, numa delas clamorosamente prejudicadas pela arbitragem, além de um vice mundial em 2007, vencidas pelas alemãs.

As brasileiras estão em sétimo lugar no ranking da Fifa, atrás da Alemanha, dos Estados Unidos, da França, do Japão, da Suécia e da Inglaterra, e quatro dessas seleções estão no Brasil, a saber: Alemanha, Estados Unidos, França e Suécia, a última no grupo das brasileiras.

Experiente, a seleção nacional deverá sentir positivamente o fato de jogar diante da torcida.

Depois de amanhã, no Mané Garrincha, estreiam os homens, mas tema para a coluna da quinta-feira.

Por ora, basta dizer que esperamos que Nilton Santos e Garrincha, dois dos melhores jogadores da história do futebol mundial, e dois dos três melhores do Botafogo (o outro foi Didi), inspirem a busca de medalhas.

Enfim, chegamos àquele momento em que quatro anos de trabalho começam a ser postos à prova e que tudo o mais passa a ser secundário.

Os atletas assumem o papel de protagonistas e refrescam as mazelas dos organizadores, porque os demais protagonistas, os torcedores, querem ver competições em alto nível, quebra de recordes, muitos gols, muitos pontos, emoção para dar e vender.

CARA À TAPA

Em clima olímpico, e com a coluna trocando a segunda pela terça-feira, bem que o colunista poderia se fazer de sonso e não comentar os prognósticos furados do domingo.

Mas não.

O colunista perde as apostas, mas não perde a pose.

Não é que o Corinthians não apenas deixou de perder para o Inter como ganhou o jogo e a liderança?

Na mosca mesmo só a vitória do Santos sobre o Cruzeiro, pois o Grêmio não passou de um pobre empate com o lanterna América e o Palmeiras simplesmente levou um baile do Botafogo, ao perder o jogo, a liderança e até a vice-liderança, agora ocupada pelo Santos.

Dito isso, a rara leitora e o caro leitor hão de concordar, ao menos, com o título da coluna dominical: "Hoje é dia de mudar o G4".

Não é que foi?


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