Folha de S. Paulo


A queda!

Nelson Piquet um dia previu que Alain Prost teria dificuldades para ser o primeiro piloto da F-1 a vencer 50 Grandes Prêmios.

Piquet argumentava que certas fronteiras são difíceis de ultrapassar mesmo para grandes campeões.

No caso de Prost, se enganou, porque o francês ganhou o 50º GP em seguida ao 49º, assim como Pelé fez o milésimo gol no segundo jogo depois do 999º.

Para Michael Schumacher talvez nunca tenha havido fronteira alguma, porque vencedor de 91 GPs, a não ser a entre a vida e a morte.

Mas Lionel Messi comprova a tese do brasileiro tricampeão mundial de automobilismo.

Já está há cinco jogos sem fazer um mísero gol, gol que de mísero não teria e não terá nada, por ser o de número 500.

O pior é que a queda do argentino, e de seus companheiros Neymar e Suárez, custou não só a eliminação na Liga dos Campeões como a impensável aproximação dos dois rivais de Madri no Campeonato Espanhol, o Atlético a três pontos e o Real (com um jogo a mais) a um, ao faltar ainda seis rodadas.

O trio MSN veio jogar as eliminatórias no continente sul-americano e parece ter deixado seu futebol por aqui.

GÊNIO

Estava este pobre colunista tentando convencer o porteiro do centro aquático da cidade olímpica de Londres a deixá-lo entrar sem ingresso para ver a prova dos 50 m com Cesar Cielo quando um gigante, também sem convite, se aproximou e também foi barrado pelo rigoroso voluntário, um indiano de não mais que 1,60 m.

Imediatamente parei de insistir e expliquei ao porteiro de quem se tratava o enorme atleta, que falava ao telefone com alguém, barrado por ele. Em vão.

Nem bem passados uns três minutos, quatro pessoas vieram buscar o gigante que, humildemente, agradeceu o meu inútil esforço para convencer o homenzinho.

Ele só admitiu minha entrada depois de uma gentil produtora da Rede Record ter me dado seu ingresso, permitindo que eu ficasse por menos de um minuto ao lado da piscina e visse Cielo perder o ouro.

O gigante certamente estava confortavelmente instalado nas tribunas.

Pois ele se despediu do basquete anteontem aos 37 anos, pentacampeão da NBA, bicampeão olímpico –em Londres, aliás–, depois de levar seu time, o Los Angeles Lakers, a uma virada espetacular sobre o Utah Jazz, com nada menos de 60 pontos, a maior pontuação nesta temporada nos Estados Unidos.

Kobe Bryant é o nome do gigante, do gênio. Precisava dizer?

MORUMBI INCANDESCENTE

O Morumbi em chamas, com mais de 51 mil torcedores, manteve acesa a esperança da classificação são-paulina na Libertadores.

Edgardo Bauza assumiu o comando ao barrar Diego Lugano e escalar Rodrigo Caio.

Calleri fez gols pelo Tricolor e pelo Boca Juniors, para desespero do forte River Plate.

Agora a questão ultrapassa o futebol: La Paz, 3.600 metros de altitude.

Dizer que basta o empate é falso. Haja força para obtê-lo!

GOLEADA INSUFICIENTE

O 4 a 0 do Palmeiras sobre o frágil River Plate do Uruguai não serviu para manter o time na Libertadores. Mas é inegável que há motivos para o palmeirense estar otimista.

Amanhã, contra o São Bernardo, será hora de mostrar que o futuro pode ser diferente.


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