Folha de S. Paulo


Era uma tarde corintiana...

O Figueirense jogou muito melhor que o Galo e perdeu alguns gols de maneira incrível.

O ex-corintiano, não de boas lembranças, Carlos Alberto perdeu dois gols impossíveis, salvos por Jemerson e por Victor, a revelação Clayton também falhou em duas ocasiões e quase nos acréscimos do jogo o argentino Dátolo fez o gol mineiro para impedir que o corintiano soltasse o grito que virá, mas não veio.

Se viesse, viria numa tarde a feitio do fiel torcedor, porque o rival São Paulo perdeu de virada para o Cruzeiro de Mano Menezes, no Mineirão, e o Vasco amassou o Palmeiras em sua arena.

Tanto o 2 a 1 cruzeirense como 2 a 0 vascaíno mostram como são inconfiáveis o Tricolor e o Alviverde, este último ainda, graças à loteria do mata-mata, ainda capaz de salvar a temporada.

Marcelo Oliveira, que não foi feliz em sua passagem por São Januário, segue sem dar padrão ao time palmeirense que, como foi aqui previsto para irritação de muitos de seus torcedores, não poderia mesmo almejar muito mais do que estar no bloco intermediário da tábua de classificação ao final do Brasileiro.

Já a realidade do São Paulo é outra.

Com otimismo pode-se dizer que mesmo em meio a uma das maiores tempestades de sua história, o time ainda luta por um lugar digno no fim do ano.

As próximas rodadas terão muita graça, não só pela luta pelo G4, ou G5, ou pelo drama vivido pelo gigante cruzmaltino para fugir do rebaixamento.

A data da comemoração corintiana também segue aberta, porque o próximo jogo, exatamente contra o Vasco, é enorme interrogação.

A começar pelo local, que não será o Maracanã.

Os mandantes querem fazê-lo em São Januário, mas pode ser no Engenhão, melhor para o futuro hexacampeão que, em novembro de 2007, ao perder para o Vasco, no Pacaembu com 35 mil torcedores, gol de Alan Kardec, na penúltima rodada do Brasileirão, viu-se obrigado vencer o Grêmio, no Olímpico, na rodada seguinte, não conseguiu e caiu.

Se o título não vier no Rio, poderá vir contra o São Paulo, na Arena Corinthians, com muito mais sabor do que na sala da casa de cada um, como esteve prestes a acontecer ontem.

Pensando bem, para o campeonato, muito melhor assim.

NEYMAR EXCEDE

Você já deve ter visto uma dezena de vezes o gol de Neymar contra o Villarreal, o do chapéu, de costas, no espanhol J.Costa, uma pintura, uma maravilha, um encantamento que deixou Camp Nou boquiaberto e em pé.

E nunca alguém se cansará de vê-lo.

O moleque brasileiro, mesmo mantido pelo lado esquerdo do Barcelona, assumiu o protagonismo na ausência de Messi e não se limita a conduzir o time catalão às vitórias.

Permite-se dar espetáculo, encantar, jogar um futebol tão grande, mas tão grande que, tomara, fique maior que o Monumental de Núñez, na quinta-feira que vem.

KIRRATA

Cometi na coluna de domingo (8) um erro grave em minhas contas, ao tomar o saldo de gols do Corinthians como se fossem os gols sofridos.

A conta certa: o Corinthians marcou 63 gols e sofreu 26, com saldo de 37, o que significa, na média, que marcou 1,8 gol por jogo e sofreu apenas 0,7.


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