Folha de S. Paulo


Neymar engole o Peru

Dos cinco favoritos ao título na Copa América, todos decepcionaram. Mas, o Brasil, menos. A Argentina não foi além de um empate com o Paraguai; o Chile ganhou do Equador graças a dois erros crassos dos adversários; a Colômbia conseguiu perder da Venezuela e o Uruguai suou para vencer o time B da Jamaica.

Já a seleção brasileira estreou contra os peruanos como se ainda estivesse jogando contra os alemães ou os holandeses na Copa do Mundo.

Nem bem o jogo começou e David Luís e Jefferson fizeram uma lambança típica de quem se diverte em amistosos e treme em jogos oficiais. O 1 a O para o Peru soou como aviso de que as coisas não iriam bem.

Verdade que em seguida Neymar empatou, mas além dele a seleção tem um bando de jogadores corretos que não excedem e dificilmente excederão.

Dunga optou pela experiência para estrear com Daniel Alves e Diego Tardelli, embora Fabinho estivesse certo de que fosse o reserva imediato do cortado Danilo e Roberto Firmino esteja mais inteiro que Tardelli, cuja passagem pelo fraco futebol chinês não lhe faz bem.

A seleção brasileira sempre esteve mais perto de virar depois que Neymar empatou e até mereceu o novo gol, que saiu no fim com Douglas Costa porque Neymar é pai e mãe desta seleção que, enfim, foi melhor que outros favoritos.

FOGO DE NERO
As mudanças no estatuto da CBF são para enganar trouxa, porque a direção da Casa Bandida segue sendo eleita apenas pelas 27 federações e os 20 clubes da Série A (os da B seguem de fora), o calendário permanece imposto pela entidade madrasta e, assim, os campeonatos estaduais continuarão intocados, para que Nero possa ser reeleito, desde que o número 12 não seja preenchido até lá pelo FBI. Tudo indica que será.

FAIR PLAY DA CBF
Estarão os 20 clubes da Série A em dia com os salários? Se não, como todos sabemos e Alexandre Pato denuncia no Corinthians e no São Paulo, por que a Casa Bandida do Futebol não puniu ninguém até agora? E como estará se sentindo o bebê Johnson João Doria Jr. como representante de Nero no Chile? Estará confortável, gosta do número 12 ou prefere o 13? Está cheio de gás ou já cansou? Estará solidário com Marin? Que lições tira do que lhe ensina o secretário menor Walter Feldman? Nova política?

TRIO DE FERRO
Deram-se bem no fim de semana Corinthians, Palmeiras e São Paulo.

Os dois primeiros ao ganharem dois clássicos em casa contra Inter e Fluminense. O Tricolor ao ser o primeiro a vencer a Chapecoense na casa dela. Mas, atenção: nem Vagner Love voltou aos velhos tempos, nem o trabalho de Marcelo Oliveira será menos difícil no Palmeiras, nem o São Paulo contratou Pep Guardiola, como já tem exagerado exagerando.

No Palmeiras, Oliveira pode começar sua missão convencendo os responsáveis pela nova casa alviverde a fazer um jardim que mereça o nome, que seja um tapete, não um pasto. Que vergonha!


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