Nas eleições de 1984, o candidato democrata à Presidência dos EUA, Walter Mondale, escolheu a advogada Geraldine Ferraro (1935-2011) como sua vice. À época declarou que era "a hora de a América romper barreiras e elevar as mulheres a papéis de liderança".
Pela primeira vez o país tinha uma mulher como vice na disputa pela Casa Branca —feito só superado agora, com Hillary Clinton como a candidata dos democratas à Presidência. Muitas vezes, Geraldine atraiu do público e da mídia mais atenção do que o seu colega Mondale.
A campanha dos candidatos republicanos Ronald Reagan (1911-2004) e George H. W. Bush (vice) usou a estratégia de atacar a família da candidata e sua posição favorável ao aborto para influenciar a opinião pública.
Atualmente o republicano Donald Trump faz algo parecido com Hillary. Ele explora os escândalos sexuais de Bill Clinton, marido de sua rival, a ponto de levar quatro mulheres que o acusaram de assédio ao último debate.
Nas eleições deste ano, porém, surgiram mulheres que fizeram o mesmo tipo de acusação contra Trump.
Na eleição de 32 anos atrás, negócios de John Zaccaro, casado com Geraldine, foram expostos sob o viés de suspeitas de irregularidades —algumas delas assumidas por ele no ano seguinte.
No fim, Reagan chegou à Presidência com uma vitória em 49 dos 50 Estados americanos. Anos depois, em uma entrevista, a vice de Mondale declarou que não teria aceitado a candidatura se soubesse que as críticas se concentrariam em sua família.