Folha de S. Paulo


Vamos falar sobre avós...

Eu poderia passar horas e horas escrevendo sobre avós.

Escrevendo para quem tem, para quem não tem, para aqueles que moram com eles, para os que vivem longe, para aqueles que só visitam de vez em quando ou para alguns que se encontram só nas férias ou em datas importantes.

Acho que tenho um pouco de experiência em quase todos esses casos.

Não conheci o vovô, morei perto da vovó, depois ela veio tomar conta de mim e finalmente veio morar comigo até o dia que ela mudou para muuuuito longe. Não pude mais tocá-la, nem falar com ela.

O meu recado: quem tiver seus avós, de qualquer maneira, pertinho ou longe, valorize muito e sempre, toquem neles em todos os momentos que puderem.

Com o tempo, esse toque será só pelo cheiro do perfume que eles usavam, lembrando do cabelinho branco do vô, o morango com açúcar ou o bolinho de chuva que a vovó fazia, o jogo da memória que ela brincava e que, às vezes, eu trapaceava e as fotos que ficarão eternas para nós, seus netinhos.

Ilustração Pedro Coelho

Tales Felizola, 11, é o colunista convidado deste mês


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