Pele bonita, brilhante, limpa, sem rugas, impecável e bronzeada. Essas são as palavras que melhor representam o que é beleza feminina para 80% das brasileiras entrevistadas no estudo "The Changing Face of Beauty: A Global Report". Encomendada pela farmacêutica Allergan, a pesquisa entrevistou 7.700 mulheres em 16 países, entre 21 e 29 de março deste ano.
Manchas na pele, causadas pelo envelhecimento, são a maior preocupação, indicada por 81% delas. "A mulheres vêm se aproximando muito mais do espelho para conferir como sua imagem vai aparecer na tela e nas selfies. Por isso, agora, mais do que nunca, a pele está sob os holofotes", diz o dermatologista Otavio Macedo.
O médico explica que se num passado recente o foco eram a eliminação das rugas, "agora ter uma pele de aparência saudável, com elasticidade e luminosidade, está no topo das prioridades".
A pesquisa também mostrou que essa história de beleza interior é só da boca para fora. Para 52% das brasileiras entrevistadas, a beleza exterior é mais importante do que a interior. E a maioria (82%) diz que fica bonita para si mesma.
BELEZA NO MUNDO
A pesquisa também aponta como mulheres de nacionalidades diversas lidam com a beleza. As mulheres dos países europeus, por exemplo, estão menos dispostas a buscar processos como preenchimento e aplicações de botox. Elas aceitam o envelhecimento com mais naturalidade.
Já nos mercados asiáticos, elas querem uma transformação mais óbvia, enquanto, no Oriente Médio, desejam ficar mais bonitas com resultados rápidos e eficientes que ressaltem suas melhores características. De acordo com o dermatologia André Braz, as brasileiras estão mais próximas das turcas.
"Nos EUA, o conceito é o over. A prótese de mama tem que ser o mais fake possível. É a ideia capitalista mesmo: é meu, eu comprei e quero mostrar. O mesmo serve para o rosto: tudo esticado, sem ruga nenhuma. Isso é sinônimo de poder e dinheiro. As sul-coreanas são ainda mais radicais. Elas cerram osso do maxilar para afinar o rosto e recriam a pálpebra para ter o côncavo", diz.
Braz conta que na América Latina, as mulheres que buscam cirurgias plásticas e preenchimentos querem resultados mais discretos, rápidos e que valorizem a sua própria beleza. No quesito preenchimento, as brasileiras só perdem para as turcas e tailandesas: 76% das entrevistadas veem as técnicas injetáveis com bons olhos. E 21% se preocupam em ficar com uma expressão "congelada".