Folha de S. Paulo


Produtos certos para acertar na escova caseira

Já precisou comprar um secador? A quantidade é tão grande que às vezes nem o filtro do preço ajuda. Pior ainda escolher uma escova em uma parede repleta de modelos.

Mas cada um deles tem o seu "cabelo-alvo". E nem sempre a lógica é tão óbvia quanto escova grande para cabelos longos. Até mesmo essa relação pode ser errada: "quando uma mulher de cabelo longo quer pontas com cachos, usamos escovas menores. Por outro lado, se uma mulher com cabelo curto quiser o efeito liso reto, usamos uma escova maior", explica o cabeleireiro Ricardo Rodrigues do Studio W.

Além do tamanho e tipo das cerdas, as gerações mais novas de escovas também tem corpos com funcionalidades. Elas podem ser feitas de materiais que esquentam, ajudando na hora de alisar o cabelo (pois o calor irá se espalhar em toda a mecha).

Rodrigues indica comprar escovas com cerdas mistas. Elas servem para quase todos os tipos de cabelo.

Veja abaixo como escolher os produtos certos na hora de comprar a escova, o secador e os produtos:

CABELO FINO

Escovas: redondas, com cerdas mistas de javali e nylon. Marcelo Esquerdo, gerente de produtos da ProArt, ensina que bolinhas nas pontas podem quebrar os fios mais sensíveis. Rodrigues diz que, para os cabelos finos, a escova não pode "grudar" muito nos fios, pois corre o risco de danificá-los.

Secador: seca mais rápido por ser fino, então não precisa de aparelhos com voltagem muito alta, que podem inclusive danificar os fios. Secadores entre de 1300W à 1800W já fazem bem o trabalho, afirma Luciana Reis, do marketing da Taiff.

Para começar: o cabeleireiro Ricardo Rodrigues, do Studio W, indica usar pouco protetor térmico para não pesar nos fios. Os cabelos fininhos devem ficar longe dos óleos e silicones

Divulgação
Cerdas mistas e com alturas diferentes (à esquerda). E corpos térmicos que esquentam e ajudam a alisar os fios
Cerdas de náilon sem bolinhas (cabo marrom), mistas e com alturas diferentes (cabo fino), com corpo térmico que esquentam e ajudam a alisar os fios (as últimas à direita)

CABELO ONDULADO/CRESPO

Escovas: cerdas no sentido diagonal "tracionam" mais e são ideais para escovar cabelos bem crespos e sensibilizado. As escovas com cerdas em tamanhos diferentes (mais alto e baixo) também são indicadas, pois "agarram" melhor no cabelo. Rodrigues explica que a escova não deve puxar o cabelo, mas, sim, ter uma boa tração.

Secador: Por serem sensíveis, os fios crespos aguentam no máximo 2000W. A mesma dica serve para os encaracolados ou de raiz lisa e pontas enroladas, pois estes fios possuem uma quantidade maior de cutículas que retém mais água e possibilitam o uso de um secador com maior potência sem danifica-los, afirma Reis.

Para começar: se os fios não forem extremamente finos, Rodrigues recomenda usar uma gotinha (moderada) de silicone junto com o protetor térmico para dar mais maciez ao cabelo. Se o fio for grosso, pode caprichar na dose dos produtos.

CABELO GROSSO

Escovas: os fios mais resistentes aguentam as cerdas que possuem bolinhas nas pontas. A tração da escova para esticar os fios também pode ser maior.

Secador: Potência entre 2100W à 2400W (este último vendido para uso profissional). Nestes fios há uma quantidade alta de cutículas e quem retêm água por muito mais tempo, exigindo uma potência maior para diminuir o tempo da secagem.

Para começar: Rodrigues diz que os fios grossos precisam de uma quantia maior de silicone e protetor térmico para ganharem mais maciez.

FINALIZADORES

De acordo Vinicius Silveira, do Marcos Proença Cabeleireiros, os óleos e silicones que selam as pontas duplas só não são indicados para quem tem cabelo muito fino e com tendências a oleosidade.

Rodrigues, do W, diz que silicones e óleos (usados com cautela) deixam os fios com um balanço mais "saudável". Mas se a ideia for um look bagunçado, um pouco de pomada nas pontas cria esse efeito "despretensioso".

O spray -- usado com frequência nos salões -- deve ser evitado, a não ser que a escova faça parte de um penteado mais elaborado. "O laquê da o efeito de bloco e não costuma ficar bom", diz Rodrigues.


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