A gestão de Fernando Haddad está longe de me entusiasmar.
Não vi nada ainda próximo das promessas de campanha que prometiam uma cidade diferente.
Uma das promessas de campanha cumpridas é uma asneira: devolver o dinheiro da inspeção veicular aos donos de automóveis. Isso numa prefeitura sem dinheiro. Não foi dito, durante a campanha, que viria um aumento do IPTU tão pesado para a classe média.
Mas também não compartilho com a imensa maioria dos paulistanos que, segundo o Datafolha, reprovam tão profundamente a gestão de Haddad.
Foi um passo adiante a criação de um sistema de auditoria interna (responsável pela descoberta das fraude do ISS) - assim como, apesar das improvisações com toque de marketing, é positiva a aceleração das faixas de ônibus.
Haddad me disse certa vez que a cidade de São Paulo é um cemitério de políticos: tantos são os problemas e tão poucos os recursos para enfrentá-los. A população se sente cotidianamente desrespeitada. E um aumento de impostos, como o realizado, soa um insulto.
A diferença é que (e isso é ótimo) a população está mais atenta e focada em temas locais, valorizando os temas da cidade. Essa é a lição das manifestações de junho.
Se um prefeito já tinha de trabalhar duro para não ir para o cemitério, vai ter agora de trabalhar ainda mais duro.