A ministra Marta Suplicy acertou - e merece elogios - por ter colocado a moda como uma categoria de economia de criativa. É uma indústria relevante, atraindo empregos e talentos.
Mas sua decisão, conforme noticia hoje a Folha, de conceder R$ 2,8 milhões de dinheiro público via Lei Rouanet para um estilista ( Pedro Lourenço) fazer um desfile em Paris entra na história dos desperdícios brasileiros.
A Lei Rouanet foi feita para democratizar a cultura. Como um desfile de moda para 300 pessoas em Paris atingiria esse objetivo?
Não há sinal de uma ilegalidade.
Digo mais: até gosto da ideia da ministra de incluir a moda como manifestação cultural.
Mas ajudar bancar um desfile em Paris é esbofetear a cara dos brasileiros, cada vez mais revoltados com a forma como os governantes gastam dinheiro público.
É, em poucas palavras, jogar dinheiro fora.
Inspirado em Paris, lembrei-me de Maria Antonieta, às vésperas da revolução francesa, mandando dar brioches ao povo para compensar a falta de pão.
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Para compensar, veja esse exemplo contra o desperdício. Uma florista criou um projeto que arrecada as flores das festas que iriam para o lixo.
Ela transforma as flores em arranjos e entrega para idosos em asilos. Veja as imagens dos idosos recebendo as flores