Folha de S. Paulo


USP mostra um caso de imortalidade

Neste mês, os brasileiros em geral e os habitantes de São Paulo em particular vão ver como alguém fica imortal --e com apenas um gesto.

Refiro-me a José Mindlin, que, em vida, doou toda a sua extraordinária coleção de livros raros sobre o Brasil para USP, onde estudou.

Podia ter vendido ou deixado para os filhos. Preferiu transformar seu tesouro num acervo público, agora instalado numa biblioteca no campus.

Mindlin, que era imortal pela Academia Brasileira de Letras, fica, de fato, imortal.

É daqueles gestos que servem de exemplo educativo para a elite de uma nação que, muitas vezes, pensa a curto prazo e, não raro, em vez de dar, preocupa-se em angariar dinheiro público.
Mais raro ainda vermos empresários doarem para a universidade pública onde estudaram.

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Mais detalhes sobre a biblioteca aqui. Parte das obras já está digitalizada e pode ser acessada pela internet.


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