Folha de S. Paulo


Aécio deve querer ficar no governo e usar a porta dos fundos

A banca fechou um acordo com as vítimas dos planos econômicos fracassados do século passado e pagará R$ 10 bilhões para encerrar um litígio que alimentou durante quase 30 anos.

Poderosos banqueiros achavam que resolviam o caso com a ajuda de poderosos advogados valendo-se até mesmo de poderosos expedientes. Os honorários desses advogados custaram algo como R$ 100 milhões aos banqueiros.

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A PORTA DO PSDB

Alan Marques - 31.ago.2016/Folhapress
O senador Aécio Neves com o presidente Michel Temer no Congresso

O ministro Eliseu Padilha mandou um pedaço do PSDB plantar batatas e o ministro tucano Aloysio Nunes Ferreira disse que do Itamaraty não sai e ninguém de lá o tira.

Aécio Neves disse que o tucanato sairia do governo pela porta da frente. Pelo jeito, ele aceita ficar, usando a porta dos fundos.

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RECORDAR É VIVER

O oficial argentino Alfredo Astiz foi condenado a mais uma prisão perpétua pelos crimes que cometeu durante a ditadura que durou de 1976 a 1983. O "Anjo da Morte" foi o mais conhecido torturadores do período e essa sentença se relacionou com o caso de centenas de pessoas que, drogadas pelos carcereiros, foram jogados no mar durante os "Voos de Morte".

Quando Astiz viu-se em uma guerra de verdade, enfrentando os ingleses nas ilhas Malvinas, rendeu-se. Levado como prisioneiro para a Grã Bretanha, foi libertado depois de uma gestão da embaixada do Brasil em Londres, pedindo seu "pronto repatriamento". Passou pelo Rio de Janeiro e foi viver em Buenos Aires até que puseram-no na cadeia.

À época da gestão brasileira, o general João Batista Figueiredo presidia o país, o embaixador Ramiro Guerreiro chefiava o Itamaraty e Roberto Campos, a embaixada em Londres.

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