Folha de S. Paulo


Ritual para possível eleição em 2017 ainda não existe

O artigo 81 da Constituição de 1988 informou que se a Presidência da República vagar na segunda metade do mandato do titular, o cargo será preenchido com a eleição indireta do substituto pelo Congresso. A segunda metade do mandato que foi de Dilma Rousseff começa no mês que vem.

O ritual e os detalhes que regerão essa escolha foram deixados no ar, pois a Constituição disse que isso seria feito "nos termos da lei", mas lei não existe.

Não existe, mas há um projeto que pode ser votado amanhã. Seu número é 5.821. Num mistério dessa vida ele foi apresentado em 2013 pelo deputado Cândido Vaccarezza, líder do PT na Câmara e relatado pelo inesgotável senador Romero Jucá.

Quando o projeto foi apresentado, Dilma estava no seu primeiro mandato, já saíra da área de risco do câncer linfático e seu vice era Michel Temer.

VAGAS NO PLANALTO

Depois da saída de José Yunes da assessoria de Michel Temer, os doutores Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria de Parcerias) ficam até onde der. Até onde dará, não se sabe.

Padilha tem um motivo verdadeiro para deixar o cargo. Sua saúde, abalada por crises de hipertensão, desaconselha sua permanência na linha de tiro. Moreira vai bem, obrigado.

Em todos os casos, o problema de Temer não é saber quem sai, mas quem entra.

STF NO FAUSTÃO

A liminar do ministro Luiz Fux embananando o ritual da Câmara morrerá no julgamento do pleno do Supremo Tribunal Federal. Pelo jeitão do debate, talvez fosse o caso de a Corte se reunir numa noite de domingo no programa do Faustão.

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