Folha de S. Paulo


Campeão nacional, Duda Mendonça dá as caras também na Lava Jato

No índice onomástico da Lava Jato havia uma lacuna: faltava o nome de Duda Mendonça.

Pioneiro do mensalão, escândalo no qual foi absolvido porque o Supremo Tribunal achou que ele não sabia a origem do dinheiro que recebeu, ele se apresentou ao Ministério Público e revelou que embolsou R$ 4,1 milhões da Odebrecht para trabalhar na campanha do empresário Paulo Skaf ao governo de São Paulo em 2014.

Fabio Braga - 25.ago.2014/Folhapress
O publicitário Duda Mendonça conversa com Paulo Skaf (PMDB) em debate nas eleições de 2014
O publicitário Duda Mendonça conversa com Paulo Skaf (PMDB) em debate nas eleições de 2014

Skaf não foi um candidato qualquer, preside a Fiesp, ajudou a criar o pato amarelo da campanha a favor do impeachment e candidatou-se pelo PMDB com o apoio do então vice-presidente Michel Temer.

A Lava Jato e a voracidade do comissariado deram a impressão de que a corrupção nacional cabia no PT. Ela é anterior e maior que ele.

Duda Mendonça é um enviado dos deuses. Mostrou a roubalheira do reaparece associando-se ao nome do presidente da Fiesp, poderosa entidade que em outra época, quando Skaf tinha apenas 15 anos, financiava a central de torturas do DOI-Codi. Pelo caixa dois, é claro.

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