Folha de S. Paulo


Eduardo Cunha vai falar, mas resta saber se o MPF quer ouvi-lo

Pedro Ladeira/Folhapress
O ex-deputado Eduardo Cunha é conduzido até avião da Polícia Federal após ser preso em Brasília; político segue para Curitiba
O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso pela Operação Lava Jato

De um sábio que conhece os corredores de Brasília, a carceragem de Curitiba e os gabinetes da Lava Jato:

"Falar, o Eduardo Cunha fala. A questão é saber se o Ministério Público tem interesse em ouvir o que ele quer contar. Ele precisa mostrar aos procuradores caminhos nunca antes percorridos".

DOIS MEDOS

Um curioso perguntou ao empreiteiro Fernando Cavendish:

–Você não tem medo de acabar preso?

–Não. O que eu tenho medo é de ficar pobre.

Negociando sua colaboração com a Viúva, Cavendish luta para se livrar do segundo pesadelo.

COISA DE POBRE

Na loja da Van Cleef onde Sérgio Cabral e Fernando Cavendish compraram o anel da madame, uma compra de US$ 200 mil é coisa de emergente. A verdadeira freguesia é de potentados árabes e de milionários europeus.

Nos anos 1970, depois de ter perdido algo como US$ 500 mil durante uma noite no casino de Monte Carlo, o milionário alemão Gunter Sachs, ex-marido de Brigitte Bardot, entrou na Van Cleef, comprou um anel de US$ 2 milhões para a namorada e explicou-se: "Infeliz no jogo, mas feliz no amor".

Cabral e Cavendish foram infelizes no jogo.

TRÊS LETRAS

Eremildo é um idiota, leu a carta que o juiz Sergio Moro escreveu condenando um artigo do professor Rogério Cezar de Cerqueira Leite, e percebeu que ele se intitulou "ora magistrado".

O cretino deduziu que o "ora magistrado" poderá vir a ser outra coisa, inclusive candidato a cargo eletivo.

Com os candidatos cujos rostos estão na vitrine, o ora idiota Eremildo vota nele para qualquer cargo.


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