Folha de S. Paulo


Os vestidos da condessa que sabia viver

Vai até o dia 7 de janeiro, no Fashion Institute of Technology de Nova York, uma finíssima exposição: "A Musa de Proust, a Condessa Greffulhe". A princesa Élisabeth de Caraman-Chimay (1860-1952) foi a principal inspiração do romancista Marcel Proust para a construção do personagem da Duquesa de Guermantes, uma aristocrata linda, elegante, dona dos salões de Paris.

No romance, o narrador tentava capturar a atenção da duquesa. Na vida real, Proust tentou mostrar sua admiração pela condessa e pediu-lhe uma fotografia. Não foi atendido, por vulgar. A exposição da condessa veio de Paris e inclui 40 peças do seu guarda-roupa.

Vestidos deslumbrantes de um tempo em que a ideia de caminhadas exibicionistas sobre um tapete vermelho aos olhos do mundo levariam as senhoras ao suicídio.

O "Vestido de Lírios", da Casa Worth, é uma obra de arte, como eram obras de arte as vidas de muitos aristocratas daquela época. Entre os protegidos da condessa estiveram o escultor Auguste Rodin e a cientista Marie Curie.

Elisabeth morreu na Suiça em 1952, aos 92 anos.

Serviço: o museu botou na rede uma boa amostra da exposição.

Leia mais notas da coluna.


Endereço da página:

Links no texto: