Folha de S. Paulo


Pode-se esperar que candidatos em 2018 queiram projeto de Constituição

Muita água correrá debaixo da ponte até a campanha eleitoral de 2018. Dada a balbúrdia institucional instalada na política brasileira, pode-se esperar e até mesmo desejar que um ou mais candidatos subam nos palanques anunciando as linhas mestras do anteprojeto de uma nova Constituição que será remetido ao novo Congresso depois de sua posse.

A ideia não é nova. Em 1985, Tancredo Neves pretendia fazer isso, assessorado por uma equipe de juristas. Sua doença e morte mandaram essa intenção para o arquivo e prevaleceu a Assembleia Constituinte de Ulysses Guimarães, que partiu do zero.

MADAME NATASHA

Madame Natasha tem em casa um altarzinho com as imagens dos procuradores da Lava Jato e decidiu conceder uma de bolsa de estudos cumulativa ao doutor Deltan Dallagnol pela seguinte lição:

"No Brasil existe uma cultura de garantismo hiperbólico monocular, ou hipergarantismo".

Em seguida, explicou-se:

"No Brasil existe um garantismo que não olha para os direitos das vítimas e da sociedade, apenas os dos réus. Por isso ele é monocular. E, além disso, é excessivo, hiperbólico".

A senhora acha que o doutor quis dizer apenas que os réus são favorecidos.

FICHA LIMPA

A ministra Cármen Lúcia, futura presidente do Supremo, escolheu quase toda a equipe de assessores mais destacados.

Pediu à Polícia Federal e à Abin o "nada consta" de cada um, tendo o cuidado de comunicar antecipadamente a iniciativa a todos os convidados.

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