Folha de S. Paulo


Para Lava Jato, Youssef merece medalha de mérito

DELÍRIO DE LULA

Em março, quando cozinhava sua nomeação para a chefia da Casa Civil de Dilma, Lula investiu-se da condição de regente da República e começou a formar seu ministério.

Apostou alto e convidou o empresário Jorge Paulo Lemann para uma pasta da área econômica. Como o bilionário estava na China, a conversa foi por telefone. Lemann tem uma fortuna que lhe permitiria rasgar dinheiro, mas não pode beber água fervendo. Não sendo doido, recusou.

Fica a suspeita de que Henrique Meirelles também tenha sido convidado por Lula.

O HOMEM-CHAVE

Os mais experimentados procuradores da Operação Lava Jato dão a Alberto Youssef a medalha do mérito da colaboração. Sem ele, muita coisa não teria saído do lugar, pois seus depoimentos serviram também para ensinar o caminho das pedras aos investigadores.

Youssef está preso em regime fechado desde 2014 e deve ser solto no ano que vem.

MAISON CHARCOT

As emoções e incertezas instaladas no palácio da Alvorada, onde Dilma Rousseff vive seus últimos dias de poder, ressuscitaram o apelido de "Maison Charcot". Nos anos 70, militantes da esquerda deram esse nome a um casarão de Havana onde viviam 28 quadros da ALN.

O médico francês Jean-Martin Charcot (1825-1893) é considerado o pai da psiquiatria moderna. Chamavam-no de "Napoleão das neuroses".

TESTE DE VONTADE

Já houve pelo menos um caso em que um petista de peso no Congresso pediu ao novo governo um cargo na administração federal.

Até certo ponto, é o puro fisiologismo. Daí em diante, comissários petistas e hierarcas começaram a conversar. Michel Temer teve o cuidado de mostrar que está pronto para conversar.

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