Folha de S. Paulo


Mesmo no fim da temporada, tênis continua empolgando

Gerry Penny/Associated Press
Angelique Kerber of Germany returns to Venus Williams of the U.S during their women's singles match on day eleven of the Wimbledon Tennis Championships in London, Thursday, July 7, 2016. (Gerry Penny/Pool Photo via AP) ORG XMIT: WIM276
A alemã Angelique Kerber, número um do ranking mundial, durante partida no torneio de Wimbledon

O tênis é uma das mais instigantes modalidades esportivas. Há quem goste de praticá-lo, em maior ou menor intensidade, e quem, mesmo sem ter qualquer intimidade com as raquetes, seja fervoroso fã desse esporte.

A boa imagem tem alicerce numa organização internacional que cativa e atrai patrocinadores nos quatro cantos do mundo. É profissional. Parece estar sempre em lua-de-mel com o poder econômico e com os meios de comunicação, que divulgam seus eventos.

Talvez por isso desfrute de dinâmica invejável. Nesta temporada, por exemplo, deu brilho à Olimpíada sem deixar de manter o nível dos seus torneios na temporada. Sua grade de competições cobre praticamente o ano todo.

Vários jogos espetaculares e atrações pontuais, que ocorrem em cada torneio, sustentam o interesse pela modalidade. Seus astros são internacionais, sempre ilustrando eventos em vários pontos do planeta. Um grande circo com grandes estrelas.

Caminha neste momento para o encerramento do ano com uma curiosidade nas disputas masculinas. Nem Roger Federer nem Rafael Nadal estão entre os cinco melhores tenistas do mundo no ranking da ATP (Associação de Tenistas Profissionais). Nadal acaba de deixar o grupo e Federer havia saído dele depois do Aberto dos EUA.

É a primeira vez desde 2003 que os dois expoentes do tênis, Nadal e Federer, pelo menos temporariamente, estão alijados do seleto grupo. Há 13 anos isso não ocorria. Agora o top 5 conta com Novak Djokovic, Andy Murray, Stan Wawrinka, Milos Raonic e Kei Nishikori.

O tênis também tem novidade entre as mulheres. A alemã Angelique Kerber deve terminar a temporada como a líder do ranking, encerrando uma série de três anos consecutivos da norte-americana Serena Williams.

Para 2017, o setor feminino reserva outra atração, a volta da russa Maria Sharapova. A CAS (Corte Arbitral do Esporte) aceitou recurso da tenista, diminuindo sua suspensão por doping de dois anos para 15 meses. A partir de 25 de abril ela estará livre para competir.

O tribunal entendeu que Sharapova tinha pouca noção do risco contido na utilização do Meldonium, pois fazia uso do medicamento havia dez anos. A droga passou a ser proibida em janeiro último, mês no qual a tenista foi apanhada em teste antidoping. Perdeu a Olimpíada.

Sharapova se sagrou campeã dos quatro principais torneios do mundo (Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e Aberto dos EUA). Ela soma na carreira 35 títulos e mais de US$ 36 milhões apenas em premiações. Ganhou 601 jogos e perdeu 145. E ainda chegou a ficar 21 semanas como número 1 do ranking mundial.

Além disso, sem entrar no mérito, não se pode descartar outro apelo que reforça a imagem de ídolo da russa. Ela é a musa de grande parte dos torcedores.

Com um currículo desse porte, Sharapova vai ser uma das cerejas no bolo do tênis mundial no ano que vem. Alguém duvida?


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