Folha de S. Paulo


Atração olímpica

Torneio de enterradas e de cestas de três pontos, jogadas mirabolantes. Os torcedores do basquete brasileiro vibraram no final de semana com a festa das estrelas da Liga Nacional de Basquete, em Mogi das Cruzes (SP).

Foi um evento cheio de alegria, que ratificou como esse esporte é um poderoso atrativo na quadra e na TV. Não resta dúvida de que o basquete vai ser uma das sensações dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto.

Além da força mundial da modalidade, que tem na equipe dos Estados Unidos a principal potência do planeta, o Brasil vai entrar na competição com chance de fazer um bom papel, mesmo que fique fora do pódio. Como assim?

Ocorre que o equilíbrio de forças é uma realidade no torneio olímpico. Não tem jogo fácil. O principal desafio da seleção masculina nacional é superar a primeira fase, que classifica quatro times para o mata-mata das quartas de final.

Na verdade, precisa de um pouco mais do que isso, ou seja, tentar ficar entre os três mais bem colocados para evitar possível cruzamento na sequência com os Estados Unidos, o favorito com suas estrelas da bilionária liga profissional da América do Norte, a NBA.

Exceto um rival que falta ser apontado, o Brasil já conhece os adversários da fase inicial. Pela ordem, vai enfrentar a Lituânia e a Espanha, equipes de ponta da Europa, depois um time ainda a ser definido em torneio pré-olímpico, e, na sequência, a Argentina, tradicional adversária dos brasileiros, e a Nigéria, teoricamente a menos cotada do grupo.

No outro lado da chave estão Austrália, China, Estados Unidos, Venezuela e dois vencedores de torneios pré-olímpicos que serão apontados em julho.

A seleção planeja 50 dias de treinamentos, período em que pretende realizar dez jogos amistosos para ajustes tático e técnico. O time segue sob o comando de Rubén Magnano, o campeão olímpico com a Argentina em Atenas-2004, que assumiu a seleção brasileira em 2010.

Com jogadores de bom nível –vários com atuação na NBA e na Europa– para formar uma equipe poderosa, Magnano está otimista. Experiência não falta para atletas como Leandrinho, Huertas, Nenê Hilário e outros.

O técnico torce para que contusões não atrapalhem o trabalho. Esta será a quarta Olimpíada de Magnano. Foi quinto com o Brasil em Londres-2012, quando a seleção nacional retornou aos Jogos após ausência nas três edições anteriores.

BOXE

A iniciativa da Associação Internacional de Boxe (Aiba) de rever as regras do torneio olímpico, para permitir a participação de profissionais nas disputas, reacende inflamadas discussões sobre a saúde e a segurança dos pugilistas.

Para o Conselho Mundial de Boxe (CMB), um dos principais organismos do boxe profissional, a situação "é inaceitável". A entidade anunciou que expulsará dos seus quadros lutador top 15 de qualquer divisão que participar dos Jogos.

Sem abordar questões contratuais, manifestou não ser possível imaginar, muito menos aceitar, uma luta entre profissionais, que já têm um desenvolvimento físico e habilidades técnicas mais avançadas, e jovens lutadores que estão apenas começando esse processo.


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