Folha de S. Paulo


Leve e rápido

Todo apaixonado por automobilismo sabe o que a Lotus representa. A montadora britânica, fundada por Colin Chapman em 1952, revolucionou a Fórmula 1 com conceito de simplicidade e leveza.

Chapman foi piloto de aviões. Usava seu conhecimento em engenharia aeronáutica nos seus carros e ficou famoso por dizer: "Adicionando potência, faz ir mais rápido nas retas, reduzindo peso, faz ir mais rápido em todos os lugares".

Os diversos campeonatos que a Lotus conquistou provam que leveza e eficiência prevalecem sobre a força bruta.

Ayrton Senna teve sua primeira vitória na Fórmula 1 em um Lotus.

Em 1986, a companhia foi comprada pela General Motors. Assim conseguiu aporte financeiro para desenvolver um novo modelo, o Lotus M100 Elan. O roadster, lançado em 1989 com motor 1.6 litro e transmissão Isuzu (que também era da GM), saía em versão turbinada como o veículo da foto ao lado.

O 1994 Lotus Elan S2 do administrador Fernando Bueno, 34, é um dos seis veículos que foram importados para cá. Número 322 dos 800 fabricados, é raríssimo em qualquer lugar do mundo.

A manutenção de um carro exótico assim não é para qualquer um, avisa Bueno. Algumas peças são GM, mas as lanternas traseiras são do Renault Alpine GTA. Já o pisca dianteiro é o mesmo da Mclaren F1 GTR, difícil de encontrar.

Bueno conta que sonhava com esse modelo desde criança. Seu avô o incentivava, porque era também um apaixonado por carros. Toda vez que o menino dormia na casa do avô ganhava uma ferramenta de presente.

A primeira restauração de Bueno foi uma Yamaha RX80. O trabalho foi feito em seu apartamento no 5º andar: empinou a moto e subiu pelo elevador, em desacordo com o síndico do prédio.

O próximo projeto é, mais uma vez, um Lotus. Ele conseguiu comprar um motor de Esprit, que o piloto Nelson Piquet utilizava em um barco, e pretende montar um Lotus 7.


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