Enfim um ano novo, zero-quilômetro! Para os apaixonados por carros antigos, em especial os novos clássicos, a virada do ano significa também que carros fabricados em 1986 completam 30 anos e, portanto, podem ser emplacados com a desejada chapa preta.
Esse é o reconhecimento oficial -e também estético- de que o veículo possui pelo menos 80% de originalidade. Diferencia um mero automóvel velho de um carro de coleção.
Modelos como o Volkswagen Santana Quantum e o fora de série Emis Art, entre outros, terão uma placa preta inédita, já que foram lançados em 1986.
Os 30 anos completos permitem também importar carros usados interessantes, como o BMW E30 M3, o Ford Sierra RS Cosworth, o Porsche 944 Turbo ou até aquela bizarra "Lambo Rambo", a Lamborghini LM002.
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Sylvio Fujioka e o Alfa Romeo 2300 cor Branco Cabo Frio |
O ano de 1986 marca também o último de fabricação do Alfa Romeo 2300.
Inspirado no desenho do Alfetta 2000 Berlina, o 2300 foi projetado exclusivamente para o mercado brasileiro. Foi o primeiro Alfa fabricado pela Fiat e o único movido a álcool.
Considerado avançado para o mercado brasileiro, suas últimas versões contavam com vidros, travas das portas, bocal do combustível e porta-malas com comandos elétricos.
Foi o primeiro com freio a disco nas quatro rodas. Caríssimo, o 2300 era o carro da elite brasileira.
Houve até uma tentativa de exportá-lo para Inglaterra e Alemanha com o nome de Alfa Romeo Rio.
Além do nome "Rio", existia uma homenageavam à orla brasileira também no nome de algumas cores: Bege Guarapari, Marfim Copacabana, Azul Enseada e Verde Saquarema, por exemplo.
O Alfa Romeo 2300 da foto ao lado, da primeira geração e na cor Branco Cabo Frio, pertence ao engenheiro eletrônico Sylvio Fujioka, 48. O veículo foi destaque na edição 2015 do Encontro de Autos Antigos em Campos do Jordão.