Tudo começou com o mítico Mercedes-Benz 300SL "Gullwing", o famoso "asa de gaivota". Esse cupê com chassis tubular e motor 3.0 fez sua estreia em 1952 na prova italiana Mille Miglia. No mesmo ano, o carro conquistou o primeiro e o segundo lugares em Le Mans.
A sequencia de vitórias continuou em Nürburgring e na Carrera Panamericana, no México. Foi esse sucesso nas pistas que levou o esportivo para as ruas. A Mercedes Classe SL surgiu em 1954 e hoje está na sua sétima geração.
A sigla SL ("Sport Leicht", esporte leve em alemão) nomeia desde então a mais icônica linha da marca alemã. Sua segunda geração, a linda W113 (1963), tinha seu teto curvado para baixo. Por lembrar os templos budistas, ganhou o apelido de "Pagoda".
| Denis Cisma/Folhapress | ||
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| O engenheiro Carlos Scaff, 55, e seu Mercedes 350 SL 1971 |
A terceira geração, a R107 da foto ao lado, foi a mais longeva: manteve a mesma carroceria por 18 anos. Sua mecânica - considerada "à prova de balas" de tão robusta- fez a linha ganhar mais um apelido: Panzerwagen, que significa tanque de guerra em alemão.
Famoso nos filmes e seriados, o SL foi o automóvel que Richard Gere dirigiu em "Gigolô americano" (1980). Era também o carro que Stefanie Powers usava em suas aventuras na série "Casal 20".
Até a Mulher Maravilha, quando estava disfarçada de Diana Prince, usava um Mercedes conversível em seu seriado. A personagem era interpretada pela atriz Lynda Carter.
O engenheiro Carlos Scaff, 55, tem uma queda pelo Classe SL. Ele já foi dono de três modelos da linha e afirma que o seu atual, um 350 SL 1971, é o melhor exemplar que já possuiu.
Além de impecável e com um histórico de participação nas Mil Milhas Históricas Brasileiras, o 350 SL de Scaff tem motor com terminação 0001, denotando que foi o primeiro construído para exportação. O antigomobilista conta, com orgulho, que tem o apoio da sua esposa no hobby. O "casal 20" se diverte em dupla nos passeios de fim de semana.