Folha de S. Paulo


Mille Miglia

Mil milhas, ou 1609,3 quilômetros, é a distância (ida e volta) de Bréscia até Roma, na Itália.

A prova do automobilismo que leva esse nome, Mille Miglia surgiu em 1927, época em que pistas de corrida eram escassas. As primeiras eram nada mais que raias de competição de cavalos adaptadas.

Muitas provas eram realizadas nas ruas, e atraíam multidões de entusiastas e curiosos.

Imagine você, na avenida da sua cidade no interior da Itália, vendo passar os carros mais rápidos do mundo, pilotados por lendas como o inglês Stirling Moss e o argentino Juan Manuel Fangio.

Os pilotos dessa época eram verdadeiros heróis. Faziam o trajeto todo em 10 horas, de uma vez só, com velocidade média de 160 km/h. Ou seja, ultrapassavam 200 km/h em alguns trechos.

A Mille Miglia em sua versão original acabou em 1957, depois de dois acidentes fatais -um deles atingiu o público.

Só voltou em 1977, e em outro formato: uma prova de regularidade de veículos históricos. Acontece até hoje.

Só são aceitos modelos de carros que competiram originalmente de 1927 a 1957, tornando-a uma das corridas mais glamorosas no mundo.

Em 1989, a prova foi levada para a Argentina pelos próprios organizadores do Mille Miglia na Itália. Em 1990, começou no Uruguai.

A versão brasileira chama-se Mil Milhas Históricas. Organizada pelo MG Club, está em sua quarta edição e acontece entre 24 e 28 de junho.

Edições anteriores contaram com carros incríveis, como Porsche 911, Rolls Royce e Jaguar C-Type, além da presença de pilotos como Nelson Piquet e Roberto Pupo Moreno.

Só são aceitos carros fabricados até 1980, e a novidade dessa edição é que motos antigas podem participar.

O administrador de empresas André Azevedo, 62, que esteve em todas as edições do rali, vai novamente para a pista com seu MGB 1969.


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