A coabitação tem sido vista no Brasil como uma das formas de acomodar pessoas sem recursos financeiros para ter a própria casa. Porém, nos últimos anos essa opção, com o nome de "casa compartilhada", passou a ser uma nova modalidade de moradia. Principalmente entre os mais jovens que, sem relação de parentesco, dividem a mesma habitação, preservando a intimidade nos dormitórios e compartilhando as outras dependências e a administração do imóvel com os demais moradores.
Embora tenha se iniciado um movimento parecido na década de 1970 na Alemanha e Dinamarca, essa opção surge com novo foco no Reino Unido e nos EUA. Viver separado, mas junto a um grupo de vizinhos, permite àqueles com mais de 50 anos permanecerem socialmente ativos e engajados à comunidade.
Compostas por pessoas sozinhas ou casais com idade entre 50 e 70 anos, que trabalham, têm vitalidade, boa saúde e buscam a combinação de privacidade e rica interação social, a coabitação para pessoas mais velhas parece ser uma alternativa que vai ganhar espaço em um futuro próximo.
Como resposta à necessidade de moradia para uma crescente população idosa, hoje já existem mais de cem empreendimentos com esse conceito nos Estados Unidos. Destinados à locação, eles têm sido operados com bastante sucesso, uma vez que o custo é bastante inferior ao das unidades tradicionais. A maioria deles tem proximidade com transporte público, restaurantes, teatros e mercados, pois esse público dirige cada vez menos.
Por outro lado, a vida nesse tipo de comunidade pode provocar conflitos e desavenças entre os habitantes que, embora tenham a privacidade preservada, desfrutam áreas comuns importantes no dia a dia.
Por essa razão, vários empreendimentos têm à disposição mediadores profissionais para tratar de conflitos provenientes de relações interpessoais.
Definitivamente, não é uma solução para aqueles que sofrem de graves problemas de saúde, mas pode ser uma excelente alternativa para pessoas mais velhas que apenas precisam de alguém por perto em caso de emergência médica.