Folha de S. Paulo


Leia e viaje

Livro bom a gente come com os olhos. Quando um livro ou uma escrita são bons, dá para se refestelar e se lambuzar com o que está ali.

Juntos vivemos aventuras, sofremos e nos alegramos, temos um gostinho do que é a vida lá na Cochinchina, assim, ao alcance da mão.

É tão gostoso imaginar cenários e pessoas que, quanto mais lemos, mais dá vontade de ler.

O problema é que adultos se esquecem de quando eles eram crianças e acham que a gente é meio bobo, ingênuo, que não vai perceber quando uma história é ruim.

Quando lemos um livro bom, nossa imaginação corre solta com o escritor, criando caras, cheiros e lugares tão reais, que é quase inacreditável que eles só existam em nossa imaginação.

Andrés Sandoval
Folhinha 08/02/2014 Andrés Sandoval Legenda: Ilustração da coluna Cafuné de 8/2. ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***

O segundo problema é que, geralmente, pais que não têm o costume de ler querem que os filhos leiam. É o famoso "Eu sei o que é bom você fazer, embora eu mesmo não faça".

Hoje, enquanto leitora voraz, posso dizer com tranquilidade: Leia, não porque é importante para a sua vida, não porque é bonito, não porque os outros querem que você leia.

Leia porque livros e histórias são as coisas mais legais do mundo, são a nossa passagem para fora da tristeza cotidiana, o passaporte para o fantástico e o mais incrível que a humanidade pode produzir. Leia porque essa viagem cósmica depende única e exclusivamente de você.


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