Folha de S. Paulo


Média da prótese de silicone em SP cresce e chega a 300 ml, mostra pesquisa

O que tem 300 ml? Uma lata quase cheia de refrigerante e a prótese de silicone média que as paulistas colocaram nos seios nos últimos cinco anos.

Aumentou em 41% a procura pela cirurgia para colocar peito, afirmam 378 cirurgiões plásticos do Estado de São Paulo, em pesquisa inédita feita pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica de SP entre abril e maio.

Cresceu também o tamanho dos enxertos artificiais que as pacientes colocam. "Quando fazia residência, há 20 anos, as próteses iam de 175 ml a 195 ml. Hoje em dia, é até difícil de encontrar desse tamanho. Fazem menos porque vende bem menos. Eu não ouço mais pedidos", diz Fernando de Almeida Prado, presidente da entidade.

A associação passará a acompanhar o tamanho das próteses, como fez nesta pesquisa, todos os anos. Em edições anteriores, o levantamento não acusava o tamanho do enchimento colocado em pacientes. "Foi uma necessidade que vimos só neste ano e seguiremos", afirma o médico Prado.

Marcelo Justo/Folha Imagem
Próteses de silicone para os seios
Próteses de silicone para os seios

O censo apontou que a menor prótese usada hoje em dia é a de 200 ml, que era considerada média até dez anos atrás. Ivete Sangalo e Taís Araujo estão nesse grupo.

Nos 300 ml da média está a bailarina Adriana Bombom. Já no cume do gráfico, com 500 ml, estão a ex-"BBB" Monique Amin e Lorena Bueri, conhecida como Gata do Brasileirão.

Mas esses números não são exatos como equação matemática. "As mulheres sempre dão uma mentidinha para baixo, dizem que colocaram próteses menores, 'só para dar um retoque'. É como fazem com a idade", diz o cirurgião plástico Carlos André.

O presidente da sociedade concorda: "Ainda é um pouco tabu dizer que colocou prótese grande. Mas, com o tempo, acredito que isso se normalize".

A dona de casa Celina Werner, 42, que há seis meses trocou a prótese de 200 ml por uma de 320, vai além: "Eu digo que só troquei a prótese, sem aumentar. Mas agora vou ter peito pra falar: está maior, e eu sou mais feliz".

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