Folha de S. Paulo


Advogados atendem primeiros divórcios gays de SP

Carlos amava Rui, que amava Carlos. Na ausência de um enredo complexo, eles se casaram em dezembro de 2012.

Mas o amor acaba e Rui e Carlos agora fazem parte da primeira leva de homossexuais do Brasil que se casaram no papel e no papel se divorciam.

"Foi tudo tranquilo, como foi tranquilo se casar", diz Carlos, que pede para não ter seu sobrenome publicado ("Não vou ser a cara do fiasco do casamento gay").

Camila Svenson/Folhapress
Thales Coimbra, advogado que abriu escritório especializado em casos LGBT
Thales Coimbra, advogado que abriu escritório especializado em casos LGBT

Não há órgão que acompanhe o desfecho dos casamentos gays, legais no país há três anos, mas os casos começam a pipocar aqui e ali, dizem advogados.

A estrutura jurídica se prepara para o novo mercado. Thales Coimbra, 23, se formou em direito na USP e, em vez de buscar emprego numa grande firma, ele fundou sua própria: a Rosan e Coimbra, no centro.

Lá, ele atende casais, pedidos de mudança de nome, auxílio jurídico para cirurgias de mudança de sexo e ações de discriminação no ambiente de trabalho. "Há o caso de uma médica que nasceu homem e hoje quer assinar receitas com o nome dela", exemplifica ele, que recebe por volta de dois casos semanais.

Outro homem da lei, Dimitri Sales também lida com separações. Um dos casos é de um casal que agora se separa. Um dos ex-maridos quer ganhar pensão, o outro nega a obrigação de pagar. "A lei pode ser dura. Mas a gente não queria ser tratado igualmente? Pois eis", termina Dimitri.

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A PRAÇA DO AROUCHE É NOSSA

O largo do Arouche deve em breve ganhar uma nova pracinha. O hotel San Raphael e o restaurante Tasca do Arouche pediram à prefeitura autorização para fechar uma entrada para carros no terreno que dividem. "Vamos encher de mesas e umbrelones (guarda-sois gigantes), para as pessoas tomarem café ou um drinque do lado de fora", diz Zé Maria Pereira, do restaurante.

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QUALQUER NÚMERO

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Meses é quanto ainda deve levar para o altar do Mosteiro de São Bento terminar de ser reformado. Já faz seis meses que os reparos começaram, e a instituição esperava que a reforma demorasse um ano, mas vai levar um ano e meio, no total.

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O DISPENSÁVEL INDISPENSÁVEL

A família Tranchesi, que ficou famosa por ter fundado a Daslu, investe no setor de comida. Melhor, de comidinha: a empresária Mariangela Tranchesi teve a ideia de fazer comidas saudáveis para crianças depois que seus netos nasceram. "Sempre gostei de cozinha, mas trabalhava na área financeira. Depois que eles nasceram, vi que os pais hoje têm pouco tempo e pouco funcionário para fazer as comidinhas que nós fazíamos na nossa época." Começou a comprar produtos orgânicos e bolou pratos como a canja de galinha com quinoa (R$ 15,95) e o escondidinho de peixe (R$ 17,95). No site www.smallbites.com.br

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A PORTA VEM A CAVALO

Dois pesos-pesados de 400 kg cada um fazem qualquer um que chega ao restaurante se sentir leve. Cavalos de fibra de vidro de quase três metros e meio foram importados de barco dos EUA para a entrada do restaurante asiático P.F. Chang's, aberto na avenida Juscelino Kubitschek neste mês.

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O CÃO ÓRFÃO DO PARQUE BUENOS AIRES

Um vira-lata com cara de labrador ficou famoso no cercado canino do parque Buenos Aires. O bicho, apelidado Peteleco, foi abandonado lá e ficou três dias sendo cuidados por funcionários e pela adestradora Sandra Bastos. "Ele está agora num hotelzinho, mas precisa de um dono desesperadamente", diz Bastos, que pode ser contatada no e-mail sandrafb01@hotmail.com


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