Folha de S. Paulo


Escolas de SP pedem que alunos passem repelente contra dengue

Lista de material: régua, caneta, giz de cera, caderno e repelente contra mosquito. Colégios de toda a cidade estão recomendando que alunos da pré-escola para cima passem produtos contra insetos para evitar que peguem dengue.

A escola Beacon School, do Alto de Pinheiros, foi uma das primeiras a pedir essa lição de casa aos pais. Bilíngue, a instituição cobra mensalidade acima de R$ 2.000 e emitiu uma circular aos 370 alunos no fim de março. "A gente pede que as crianças passem repelente antes de vir. Teve caso de pai que pegou dengue", diz Luciana Barros, sócia da escola.

O colégio Santa Cruz (mensalidade na casa dos R$ 2.500) afirma que recomendou o uso nas saídas para atividades sociais no bairro Jaguaré e em excursões de estudo do meio.

PNAS
Mosquitos atacam humano sem repelente em uma das mãos
Mosquitos atacam humano sem repelente em uma das mãos

Já a rede de colégios Dom Bosco, que tem quatro unidades no Parque Mandaqui, zona norte da cidade, começou com a precaução há um mês. "Estamos fazendo isso porque há uma epidemia de dengue no Tremembé", diz a diretora Rosilene Teixeira Rodrigues

Não consta que nenhum dos 1.550 alunos tenha contraído a doença. Foi "só por precaução mesmo" que o Dom Bosco avisou os pais pelo informativo semanal e postou na sua página de Facebook que crianças, inclusive os 699 pequenininhos da pré-escola, deveriam chegar à sala cheirando a verbena.

Mas nem todos os pais concordam com a prudência. "Não quero meu filho usando químicas", diz a mãe de um garoto de 8 anos que frequenta a escola de Alto de Pinheiros. "Dei pílulas de vitamina B12, que também afugentam mosquitos, e nunca passei repelente. Mas não quero que o colégio saiba disso, pode causar constrangimentos", diz ela, que pede para não ser identificada.

Seis médicos ouvidos disseram que há risco, mas pouco, no uso diário de repelente. "É um risco baixo, mas quando mais você se expõe, mais tem o risco de dor de cabeça, vômito, uma urticária na pele", diz Felipe Monti Lora, pediatra do Hospital Sabará.

A dica dos doutores é passar o repelente na roupa do pequeno, em vez de na pele, e optar pela versão infantil do produto. "Há pouquíssimos casos registrados de efeitos colaterais graves em crianças. Mas, se você realmente não quiser usar, negocie com a escola", recomenda o pediatra Márcio Souza. "Todos querem o bem da criança."

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QUALQUER NÚMERO

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Dias é o quanto falta para a Copa terminar. E Gisele Bündchen ainda não decidiu se vem para a entrega da taça do mundo à seleção campeã. "Ela tem compromissos profissionais a arranjar antes disso", diz Patricia Bündchen, irmã gêmea e assessora da modelo número 1 do mundo.

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GOSTO ESTRANGEIRO

A cidade encheu de gringos, com fome de bola e de... sorvete? O site TripAdvisor, guia online com 32 milhões de usuários, fez o levantamento das casas paulistanas da categoria comida com maior nota nesta semana, segundo os estrangeiros que estão por aqui.

Bacio Di Latte
(sorvetes)

Sarrasin
(francês)

Due Cuochi Cucina
(italiano)

Templo da Carne Marcos Bassi
(carne)

Rubaiyat
(carnes, massas etc.)

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SHOPPING DE PARAR O TRÂNSITO

Gabriel Cabral/Folhapress
 Em frente ao Shopping Iguatemi, agentes particulares com uniforme similar ao da CET, articulam o transito nas faixas exclusivas de ônibus
Em frente ao Shopping Iguatemi, agentes particulares com uniforme similar ao da CET, articulam o transito nas faixas exclusivas de ônibus

O shopping Iguatemi colocou coletes laranja, inspirados nos usados pela CET, em dois funcionários que ficam ajudando os carros de seus clientes a sair da garagem. Nem que para isso tenham de parar o trânsito de ônibus da avenida Faria Lima, como na foto acima.

O centro de compras diz que os funcionários "só ficam na calçada". A CET afirma que isso é função dela (e só dela).

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A FESTA DO LADRÃO DA USP

Uma aluna do curso de letras da USP foi assaltada ao sair sozinha de uma festa na Escola de Comunicações e Artes, dentro da universidade, há duas semanas. Enquanto era abordada com uma arma, amigos que vinham atrás conseguiram imobilizar o assaltante.

A festa parou e outros alunos intervieram: "fizeram a gente soltar o bandido, para 'não sofrer maus tratos policiais'", narra ela, que pede para não ser identificada. A USP diz que o policiamento do campus foi intensificado neste ano.


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