Folha de S. Paulo


Como se aquecer sem 'fritar' o próprio bolso?

De acordo com dados da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), as vendas no varejo caíram 3,9%, em média, somente nos primeiros 15 dias de junho. Com isso, a esperança das lojas é de que a chegada do inverno consiga recuperar os indicadores e reaquecer o mercado.

A explicação para a queda, obviamente, está na redução de crédito, nos juros altos, na inflação e, principalmente, no desemprego que vem crescendo e forçando os consumidores a puxarem o freio na hora das compras.

A tendência é que as lojas façam algumas promoções, mesmo que no começo da estação, para poder atrair o consumidor. Para quem vai às compras, será possível encontrar boas promoções, mas para isso, como sempre, será preciso paciência, "sangue-frio" e bom faro.

É fundamental, por exemplo, avaliar se as roupas em promoção não são uma verdadeira "furada", seja porque não têm seu número, seja porque estejam fora de moda ou não combinem com o seu estilo. Pior ainda se tiverem algum defeito, como manchas e problemas na costura.

Muita gente comete o deslize de comprar a qualquer custo porque fica encantado com o belo desconto. Não caia nessa! A peça vai ficar encalhada no seu guarda-roupa e depois você acabará doando e jogando o seu dinheiro fora.

Assim, como acontece em qualquer promoção, inclusive nas da Black Friday (ideia importada dos norte-americanos, que prevê uma "queima" no final de novembro), abra os olhos com os superdescontos.

Muitas lojas aumentam o valor de uma peça às vésperas da promoção só para ludibriar o consumidor. Por isso, sempre pesquise bastante antes de comprar e não se iluda com superdescontos que podem esconder preços altos do mesmo jeito.

Outro cuidado que o consumidor deve ter é o de se atentar aos preços reais. Muitos anúncios dão conta de peças com "até" 50% de desconto, mas com um olhar mais atento você poderá perceber que, às vezes, os descontos não passaram dos 20%.

É importante tomar cuidado também para não levar lebre por gato! Às vezes até propositalmente, as lojas misturam as peças para confundir o consumidor. A camisa que sai por R$ 300 está misturada na arara de camisas que custam R$ 120. Fique atento durante a compra e, principalmente, na hora de pagar.

Segundo o Procon, o fornecedor tem a obrigação de informar de forma clara e correta o preço do produto. Quando há divergência no valor anunciado, o consumidor pode exigir o cumprimento forçado da obrigação após mostrar o preço errado, pode aceitar outro produto com o mesmo preço ou pode ainda devolver o produto e pedir ressarcimento.


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