Folha de S. Paulo


Quais modalidades e em que proporção devo investir meu dinheiro?

Sabemos que dificilmente há uma aplicação que possui todos os fatores positivos, ou seja: segurança, rentabilidade e boa liquidez. A decisão sobre onde e quanto investir passa pela análise desses fatores, somada aos objetivos financeiros do investidor e do prazo desejado por ele para alcançar suas metas.

E é exatamente essa a pergunta do nosso leitor WT. Vamos a ela:

"Até o momento, pretendo investir meu dinheiro em 50% no Tesouro Direto e 50% em CDB (Certificado de Depósito Bancário), LCI (Letra de Crédito Imobiliário), LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), letra de câmbio. Para um perfil de baixo risco, estou no caminho certo e nas proporções mais corretas?

Alguns bancos tentaram me convencer a fazer uma aplicação de previdência privada como a melhor alternativa de investimento. Me deu a impressão de que o gerente estava pensando: 'preciso bater minha meta e você vai me ajudar'. Previdência privada seria a melhor opção do que as citadas acima?

Visitei vários bancos para investir em CDB, LCI, LCA e letra de câmbio. Sei que as melhores taxas são ofertadas em bancos médios, e o risco é blindado pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos). Quais são os bancos de médio porte por onde posso investir? Você aconselha algum em especial?

Devo tomar cuidado com alguma armadilha neste mercado, como taxas abusivas, informações falsas, etc? O que você me aconselha?"

Entendo que a sua combinação de carteira é realmente bem interessante. Como você comentou que tem um perfil de baixo risco, a combinação –metade do dinheiro investido no Tesouro e o restante em CDB, LCI, LCA, LC– pode proporcionar um bom retorno financeiro, com um risco relativamente baixo. Boa escolha!

Sua preocupação com a melhor modalidade de investimento e também com a credibilidade da indicação que foi dada é muito importante. A previdência privada costuma não compensar quando as taxas de administração e carregamento são altas. Via de regra, o Tesouro e os CDBs/LCIs/LCAs são mais interessantes.

Já com relação à indicação sobre os melhores bancos médios para se fazer investimentos, por questões éticas, evitamos fazer esse tipo de indicação, mas sugerimos que veja o rating dos bancos, ou seja, analise com atenção a nota crédito.

Fique atento, pois mesmo com o FGC como garantia, o rating (capacidade e vontade de uma entidade honrar na íntegra os compromissos financeiros) sinaliza a chance de o FGC ser usado e gerar uma dor de cabeça para o investidor. Entendo que o FGC –apesar de ter pouco risco– não tem risco zero de quebra. Vale lembrar que, em 2008, muitas seguradoras sólidas quebraram por esse motivo.

Sempre devemos nos informar para saber se o produto que estamos comprando é adequado ao nosso perfil de investidor. Conhecendo o seu perfil (no seu caso, de baixo risco), você poderá escolher produtos mais alinhados às suas necessidades e verificar se sua carteira de investimentos está adequada aos seus objetivos. O banco precisa ser um parceiro nas suas escolhas e lhe oferecer opções de produtos para atendê-lo.

Post em Parceria com Adriano Reis


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