Uma pessoa organizada do ponto de vista comportamental e cognitivo (memória, raciocínio, pensamento, imaginação, linguagem...) tende a ter facilidade de relacionar suas decisões aos seus objetivos, facilitando, portanto, suas escolhas no dia a dia.
Como forma de articular e compreender toda essa dinâmica, pode-se destacar o estudo sobre psicologia econômica ou neuroeconomia. A abordagem considera a influência do comportamento humano para tomada de decisões atreladas às avaliações dos aspectos financeiros.
Conheça alguns aspectos do processo cognitivo e comportamental que influenciam a decisão de comprar:
1 - Armadilha do 'pegou, comprou!'
A mais tradicional "pegadinha" que nosso processo cognitivo nos prega. Depois de aproximadamente 30 segundos com um produto na mão, criamos um vínculo de afetividade com ele e, dessa forma, cedemos à tentação de compra por enfraquecermos a nossa razão, muitas vezes pagando um valor acima do que seria o justo de mercado.
2 - Prazer efêmero
Quando paramos para pensar durante quanto tempo aquele objeto que desejamos comprar nos trará felicidade, a tendência (por conta dessa reflexão) é de reduzirmos a vontade (o impulso) de comprá-lo.
Racionalmente, será possível percebermos que o prazer atrelado àquele objeto terá um tempo de duração mais curto do que imaginamos. Dica: antes de adquirir um produto, procure imaginar não só o prazer que você terá logo após comprá-lo, mas também o que poderá ter ao longo dos dias, conforme for se habituando a ele.
3 - Comprar por priorização
Quando vamos às compras sem a utilização de uma lista e, portanto, sem estabelecer prioridades objetivas, buscamos com frequência os produtos que nos dão prazer, mas que não são necessariamente os prioritários e indispensáveis. Dica: evitar compras sem listas, assim como ir a supermercados e shoppings com fome e com crianças.
4 - 'Efeito macaco'
É quando buscamos, mesmo sem perceber conscientemente, imitar as pessoas que fazem parte do nosso grupo, em especial aqueles que têm padrão de vida mais elevado. Quando isso ocorre, geralmente adotamos a necessidade imposta pelo grupo e, com isso, tentamos ostentar algo que não possuímos do ponto de vista material. É exatamente neste momento que surge uma necessidade ilusória de solicitar crédito no mercado para manter uma condição social que não nos representa.
Post em parceria com Adriano Reis