O SPC Brasil divulgou uma pesquisa em janeiro apontando que 37% dos entrevistados não se consideravam organizados financeiramente e que 69% admitiram sentir alguma dificuldade para controlar suas receitas, despesas e investimentos. A pesquisa foi realizada em todas as capitais brasileiras, com 662 pessoas acima de 18 anos, de todos os gêneros e classes sociais.
Outro dado interessante revelado pela pesquisa é que, quanto maior a escolaridade, maior o controle financeiro por parte dos entrevistados. O estudo mostra também que, apesar de o brasileiro ter a clareza da importância da disciplina financeira, encontra muita dificuldade em agir efetivamente em relação a isso no seu dia a dia. Segundo a pesquisa, 59% dos entrevistados afirmaram fazer um controle cotidiano do seu orçamento, mas apenas 16% anotam seus gastos com frequência.
Considerando esses 59% que fazem o controle dos gastos, 23% afirmaram que possuem um caderno ou agenda para as anotações de gastos, 32% usam uma planilha em Excel no computador e 4% têm controle por aplicativos no celular. Contudo, verificou-se que 26% fazem seu controle de gastos pela chamada "conta de cabeça".
Outra pesquisa de educação financeira, realizada pelo SPC Brasil em dezembro de 2013, traz informações que corroboram a pesquisa acima.
Os entrevistados em 2013 foram divididos em três grupos: "pessoas organizadas", "pessoas que tentam ser organizadas" e "pessoas desorganizadas".
Um número muito interessante mostrou que o percentual de entrevistados desorganizados, que já entraram em algum momento no cheque especial, é mais que o dobro quando comparado com os consumidores organizados (21% e 11%).
Dentre os "organizados", 64% declararam conseguir chegar ao final do mês com todas as contas pagas. Já para o grupo que "tenta ser organizado", a parcela de respostas "sim" para esse quesito caiu para 45%, chegando a até 39% entre os entrevistados "desorganizados".
Analisando as duas pesquisas, podemos chegar à conclusão de que a nossa disciplina (ou indisciplina) está diretamente relacionada à possibilidade de termos uma vida financeira sustentável.
Um comportamento positivo do ponto de vista da organização da vida como um todo servirá como facilitador para o indivíduo manter uma gestão financeira mais saudável no dia a dia e na vida. Portanto, é necessário um alinhamento comportamental nas nossas ações cotidianas para alcançarmos a sonhada boa gestão financeira.
Post em parceria com Adriano Reis