Existem duas principais restrições impostas pelas corretoras para que seja possível investir no mercado brasileiro: comprovação de residência no Brasil e uso de conta bancária nacional.
No seu caso, pelo que descreve na pergunta completa, a conta bancária possivelmente permanece sendo brasileira, não havendo necessidade de realocar os recursos para outra instituição. A comprovação de residência, no entanto, pode se tornar um entrave, uma vez que sua declaração de saída definitiva já foi realizada.
Corretoras consultadas sugerem que se busque um intermediário de confiança, que possua residência no Brasil e possa efetuar as transações. Nesse caso, porém, os investimentos estarão em nome dele, o que é um complicador a mais.
Uma opção é fazer um empréstimo a pessoa física a essa pessoa, com um contrato que deixe claras as condições de pagamento.
Com os dados fornecidos por essa pessoa de confiança, você poderá acompanhar on-line todos os investimentos por meio do home broker da corretora.
Na plataforma digital, é possível acompanhar também variações diárias de cada papel e negociações no mercado de capitais.
Também é possível dar ordens de compra e venda diretamente no pregão eletrônico do mercado pelo próprio site da corretora.
É importante estar atento a todos os riscos envolvidos, os quais não se restringem à volatilidade do mercado de renda fixa ou variável, mas se estendem às oscilações cambiais, que afetam o poder de compra no longo prazo.
Como o investimento ocorre em um país no qual você não possui a maior parte dos seus gastos, embora seja feito com recursos que você recebe aqui no Brasil, é essencial manter maior cautela e um acompanhamento mais estrito da evolução da rentabilidade para verificar se realmente está valendo a pena permanecer com os recursos aplicados no Brasil em vez de reinvesti-los em seu atual país de residência.
Caso você possua a pretensão de retornar ao Brasil no futuro para residir no país novamente, a aplicação no mercado interno será bastante razoável, uma vez que estará atrelada a uma moeda que será utilizada novamente no futuro.
Caso contrário, os prejuízos gerados podem tornar o investimento pouco interessante e gerar prejuízos consideráveis no longo prazo.