scolher um pacote de TV a cabo parece algo simples: você consulta o cardápio das opções no site da operadora, escolhe os canais que quer assistir e pronto. No entanto, a praticidade para por aí: atualmente, é praticamente impossível ter TV a cabo sem um pacote "combo" com telefone e internet. A operadora vai insistir que é mais barato ter todos do que apenas um - e você acaba contratando todos de uma vez.
Negociar, neste primeiro momento, é praticamente impossível. Os pacotes são "fechados" e a sua melhor opção é contratar menos canais, um pacote de telefone mais simples ou internet menos veloz. Já as supostas promoções lançadas pelas operadoras mal conseguem ser aproveitadas, pois elas são perecíveis e duram pouco.
A saída é comparar os planos e escolher aquele que faz mais sentido para você. O pacote A, mais simples, com menos opções de canais, internet mais lenta e telefone simples custa R$ 180 (fora da promoção). O pacote B, intermediário, sai por R$ 210, e o C, mais completo, por R$ 220. Da forma que os preços são colocados, você sente que com R$ 10 a mais, você tem muitos mais canais e opções e é logo tentado a comprar o pacote "top" - afinal, tantas opções a mais por tão pouco só pode ser uma pechincha.
No entanto, quem consegue assistir 289 canais de TV a cabo? As chances são grandes que você nem conheça todas as opções disponíveis. A maioria costuma assistir sempre os mesmos canais contidos no plano básico e esses extras nunca serão nem sequer zapeados.
É nessa hora que a sua "infidelidade" é premiada pela operadora. Quem já experimentou ligar para tentar cancelar o seu pacote sabe bem disso. Basta telefonar para a sua operadora (e aguentar todo aquele troca-troca de ramais). Diga que você não usa mais o seu telefone fixo e que quer cancelar o telefone ou mesmo o pacote. Aos poucos, você consegue mais canais por menos, fica com o telefone e ainda leva o wi-fi de graça.
Com isso, vale cautela na hora de contratar esse tipo de serviço: a forma como os preços dos pacotes são dispostas pode induzir à compra de algo que você não precisa.
Escrito em colaboração com Carolina Ruhman Sandler, jornalista e fundadora do site Finanças Femininas.