Folha de S. Paulo


Obrigada por pagar pela minha bagagem

Divulgação
Malas na sequencia da esq. para dir. Mala Bossa Nova com etiqueta eletronica de bagagem da Rimowa, lançada em maio 2016 >>>> Mala de bordo TT, da Lansay, com carrinho 360º >>>> Mala Marshmallow, da Samsonite, com formato que permite que ela seja usada como assento
Malas

Vamos parar de nos enganar.

E de nos deixar enganar pelos demagogos de sempre.

Não existe bagagem de graça, nem sacolinha de graça, nem biscoitinho de graça no pires da xícara de café.

Quanto mais pesado um avião, mais combustível ele gasta. Mais custo para a empresa. Mais cara a passagem de todos.

Quando a bagagem embarca "na faixa", o custo é dividido pelos passageiros.

Ah, você está só com a mala de mão?

Azar. Está ajudando a pagar pelas seis malas do casal em lua de mel ao seu lado.

Cobrar de cada um o peso que ele acrescenta à carga do avião é justo e eficiente.

Faz as pessoas repensarem o quanto precisam carregar e, na ponta final, todo o custo cai.

Sempre que o preço de algo é transparente, aumenta a eficiência.

O inverso também é verdadeiro.

Quando a gente não sabe exatamente quanto está custando um produto ou serviço "de graça" nem de onde saíram os recursos para financiá-lo, a chance de desperdício, incompetência ou mesmo desvio é grande.

Bagagem no avião? Sacolinha no supermercado?

Bom motivo para começarmos a pensar, como Estado do qual somos parte, que saúde, educação, limpeza, segurança, pavimentação, essas coisas todas que damos de barato custam caro.

Parte delas podem e devem ser gratuitas para parte de nós, mas só dará certo se houver escolhas claras e informadas.


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