Folha de S. Paulo


Profissional não deve rejeitar ideias próprias, mas buscar autenticidade

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Writer at work. Handsome young writer sitting at the table and writing something in his sketchpad.Photo BlueSkyImage / Shutterstock ORG XMIT: 53616c7465645f5f4fd391ee906bfbc0 ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Para subir na carreira, é preciso oferecer mais do que o pedido pela chefia

Muitas empresas se preocupam única e exclusivamente em criar produtos que atendam às necessidades do consumidor naquele momento. São imediatistas e rasas. O mesmo raciocínio se aplica aos profissionais. Muitos trabalhadores dedicam-se a fazer aquilo que o chefe mandou, o que a empresa determinou ou que o cliente pediu.

Mas não se preocupam em fazer aquilo em que realmente acreditam ou que realmente beneficie outra pessoa.

Para agradar os outros e sermos valorizados no nosso grupo, muitas vezes deixamos de respeitar nossas próprias ideias e valores. Isso nunca dá certo. É claro que ninguém vai sugerir que você só faça o que quer, do jeito que quer e como quer. Nada disso.

Certamente, o resultado seria desastroso. Mas também não adianta se guiar apenas pelos outros, aceitando conceitos que não fazem sentido para você ou comportamentos que ferem seus princípios. Não vai funcionar.

Agindo assim, você se tornará uma daquelas pessoas que não criam nada, apenas copiam os outros e saem repetindo frases que já ouviram. Ninguém admira verdadeiramente pessoas assim.
Ao negar a nossa essência e as nossas convicções para "sair bem na foto", vamos criar algo falso -seja um produto, um serviço ou um relacionamento. Pode até demorar, mas as pessoas percebem e rejeitam tudo que não é autêntico.

A tecnologia hoje expõe as informações de maneira explícita. Com tanta exposição, vai ficar cada vez mais difícil fingir. Ninguém consegue mentir o tempo todo.

Cada vez mais, as relações fortes e duradouras serão aquelas pautadas pela coerência. O que você diz tem que estar de acordo com o que você pensa e faz.

É claro que há pessoas hábeis, que conseguem enganar os outros e passar uma impressão que não corresponde à realidade. Mas essas pessoas vão sair perdendo, porque dificilmente conseguirão formar laços estreitos de confiança -na vida pessoal e no trabalho.

Cada vez mais, o objetivo não é fazer negócios com pessoas que precisam dos seus produtos. O objetivo é fazer negócios com pessoas que acreditam naquilo que você acredita, que têm valores semelhantes aos seus. Só assim você conseguirá ser coerente e verdadeiro.


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