Eu acho engraçado como a gente, aqui no Brasil, transforma culturas gastronômicas centenárias e supercomplexas em algo resumível a 4 ou 5 pratos.
Não acho isso ruim, não. Facilita, de certa maneira. Faz com que consumamos coisas do mundo todo, mas meio a nosso modo. Do que estou falando? De como, por exemplo, resumimos toda a cozinha árabe, extensa e antiga em: quibe, esfiha, húmus e coalhada.
Vou repetir: não acho isso ruim. Acho ótimo, vamos comer um árabe? Vamos. E aí pedimos as entradinhas típicas e, antes de termos curiosidade de provar algo novo, já estamos estufados.
Alguns mais "atrevidos" se aventuram com um charutinho, ou uma salada cheia de coentro e cebola ou até mesmo um delicioso quibe cru. Ou então, os grandes cozidos supertemperados, deliciosos, perfumados, que nos transportam para países e culturas distantes a cada garfada.
Independentemente de se você escolhe visitar estes sabores em profundidade ou ficar na superfície há elementos em comum nestes sabores que nos permitem selecionar estilos de vinhos que funcionem.
De maneira geral, os vinhos do mediterrâneo combinam bem porque têm as notas dos temperos e das ervas usadas nessas cozinhas. Pode ser do sul da França ou da Espanha, da Itália meridional ou da Grécia, Líbano ou Israel. Não vai errar.
Então, se optar por fazer uma festinha "árabe" na sua casa e estiver a fim de tomar um vinhozinho, fique com as dicas. E não esqueça a dança do ventre.
Les Bretèches
Aromas de ervas secas e frutinha. Magrinho em boca, ótimo para o quibe.
QUANTO R$ 74,00
ONDE Zahil 0/XX/11 3071-2900
Massaya Classic 2008
Estilo mais denso, com tabaco preto e frutas. Boca cheia e tânica.
QUANTO R$ 64,90
ONDE Au Vin 0/XX/11 4561-2896
Travers de Marceau 2010
Muita fruta e algo de vermute. Frutado e gostoso, final perfumado.
QUANTO R$ 58,00
ONDE De la Croix 0/XX/11 3034-6214
Naousa Reserva 2009
Toques de tabaco, fruta e flor seca. Firme, seco, pede comidas com azeite.
QUANTO R$ 47,50
ONDE LHP Brasil 0/XX/12 3322-4173