Folha de S. Paulo


Vencendo o mofo

As experiências na vida e na carreira, sejam positivas ou negativas, servem entre outras coisas para auxiliar as pessoas em seus processos de autoconhecimento. Elas são oportunidades para o aprendizado e o desenvolvimento.

As situações críticas colocam em prova a capacidade de resolver problemas, enfrentar dificuldades, superar adversidades, lidar com as frustrações, os medos, as inseguranças e de se adaptar a novos cenários, inclusive no meio organizacional e do trabalho.

A capacidade de adaptação ao meio é uma forma de evolução e aqueles organismos que se adaptam rapidamente levam vantagem.

O mais rápido no caso das empresas quer dizer aquelas que se estruturaram melhor, que qualificaram, treinaram e desenvolveram suas equipes, que são financeiramente saudáveis, com processos bem estruturados e conectadas com os acontecimentos. Essas continuam crescendo, porque na crise, o movimento é pela busca da segurança onde se percebe que tudo está bem.

Já os organismos resistentes ao aprendizado, que não se organizaram a tempo ou não perceberam suas deficiências e que vinham sendo empurrados com a barriga costumam sofrer consequências trágicas.

Ficam para trás e perdem espaço, dinheiro, tempo, além de credibilidade e confiança em comparação com os mais bem preparados. Aqueles que estão nessa situação precisam realizar rapidamente o aprendizado necessário e tomar providencias urgentes.

A desculpa para muitos organismos resistentes ao aprendizado é a própria crise. A vitimização é um caminho fácil para justificar as tragédias, como se elas não fossem anunciadas.

Os sinais estão em todos os lugares. Basta olhar mais atentamente. Assim, antes que piore, defina ações realistas que possam efetivamente ajudar a atravessar esses momentos difíceis.

Não acredito em mudanças radicais, mas em ações sustentáveis. Pequenos passos, porém consistentes. Ajustes financeiros, eliminação de rotinas e hábitos inúteis ou desnecessários. Abertura para novas ideias, iniciativa e um pouco de coragem para deixar a inércia, fazem diferença.

Outra sugestão é abandonar o comodismo das ideias ultrapassadas e mofadas que não servem mais.


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