Folha de S. Paulo


Autogestão

Acompanhando algumas pesquisas mundiais sobre megatendências para os próximos 15 a 20 anos é possível notar para onde caminham as ameaças e as oportunidades que impactarão a vida e o cenário de trabalho.

Destaco temas apontados pela consultoria KPMG no estudo "O Estado Futuro 2030: As Megatendências Globais que Moldam os Governos". Por exemplo: mudanças demográficas, ascensão das classes sociais, inclusão tecnológica, economias interligadas, habilidade dos governos em manter a dívida sob controle e encontrar novos meios de prestar serviços, alterações no poder econômico das nações e escassez de recursos.

Vale a pena levantar os temas em sites de busca e aprofundar na leitura para se ter ideia do cenário macro. A autogestão e o planejamento da sua carreira deve incluir essa percepção de para onde o mundo caminha. A partir desse ponto, reduza um pouco esses parâmetros e pense no Brasil. Pesquise.

Agora, analise seu Estado e sua cidade. Quais empresas e negócios estão crescendo, quais profissionais estão sendo mais exigidos, quais são os projetos em pauta no setor em que você atua ou deseja atuar. É possível obter essas informações junto a federações de indústrias, sindicatos, câmaras de comércio, revistas econômicas e até em redes sociais.

Finalmente, a última peça desse cenário inclui você. Quais são seus pontos positivos, em que você se destaca, quais são suas áreas de interesse, quais são os seus projetos de vida e de carreira e de que maneira esses itens podem cruzar com alguma das megatendências. Quais são os cursos interessantes, as pessoas de destaque nessas áreas, o que elas dizem e o que poderão agregar à sua formação nos próximos dez anos?

Essas diretrizes o ajudarão a planejar onde investir, quanto tempo para adquirir as competências necessárias, com quem conversar. Fazer parte de grupos de discussões e colaborar nas redes sociais também será de grande ajuda. Não se faz nada sozinho: você notará que essas atitudes também estão alinhadas com a tendência de os negócios serem conduzidos, cada vez mais, virtualmente. Dez anos passam rápido.


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