O Instituto Butantan deve receber R$ 54 milhões do Ministério da Saúde para compra de equipamentos e modernização da infraestrutura destinada à produção de vacinas.
O acordo foi assinado nesta quarta-feira (8), em São Paulo, pelo ministro da saúde Ricardo Barros (PP) e pelo presidente do Instituto Jorge Kalil.
O investimento possibilitará a retomada da produção, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, de uma vacina pentavalente, que seria capaz de imunizar contra tétano, coqueluche, hepatite B, difteria e Hib (Haemophilus influenzae tipo B), que, em casos graves, pode causar meningite.
A produção desta vacina, que está para ser registrada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), seria importante por questões logísticas, já que ela garantiria cinco tipos de imunização.
O Instituto Butantan fornece, para a rede pública, vacinas contra hepatite A, HPV, tríplice (difteria, tétano e pertussis, também conhecida como coqueluche), raiva, entre outras.
NÚMEROS
Os casos de hepatite A vêm apresentando quedas na última década. Em 2014, foram documentados pouco mais de seis mil novos casos. Já a hepatite B é um pouco mais comum e registra mais de 150 mil novos casos anuais no Brasil.
Mais comum o HPV conta com mais de 2 milhões de novos casos ao ano.
A difteria (14 casos em 2015) e o tétano (285 casos em 2015) são doenças mais raras. Foram confirmados 2.955 casos de coqueluche em 2015.
As vacinas são o principal motivo para a manutenção de baixos níveis dessas doenças. O Butantan também está desenvolvendo vacinas contra dengue (em testes com humanos) e contra o vírus da zika.
Segundo o Ministério da, em 2016 foram comprados soros e vacinas do instituto no valor total de R$ 1,5 bilhão.