Folha de S. Paulo


Gravuras rupestres de 14 mil anos são achadas na Espanha

AFP
Cerca de 50 desenhos de animais estavam sob prédio residencial
Cerca de 50 desenhos de animais estavam sob prédio residencial

Era um ordinário prédio residencial em um ordinário bairro basco. Isso se não houvesse gravuras rupestres de 14 mil anos de idade bem ali. Os desenhos foram descobertos em Lekeitio, ao norte da Espanha. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (13) por autoridades locais.

São em torno de 50 figuras com até 150 centímetros. Elas representam cavalos, bisões e leões e foram encontradas por espeleólogos –exploradores de cavernas– no fundo de uma caverna de difícil acesso, informou Andoni Iturbe, encarregado do patrimônio da província de Vizcaya, onde fica Lekeitio.

A gruta fica abaixo de um prédio residencial no centro da cidade costeira.

As gravuras foram descobertas em maio. Os espeleólogos e arqueólogos que as estudaram afirmam se tratar do conjunto "mais espetacular e impactante" da Península Ibérica.

A gruta, contudo, não será aberta à visitação pública, por conta das dificuldades de acesso e de conservação das gravuras.

As autoridades locais organizarão no fim do mês um congresso que reunirá especialistas europeus em arte rupestre para a divulgação de mais detalhes a respeito dessa descoberta.

A arte rupestre do norte da Espanha, particularmente as pinturas da gruta de Altamira, em Cantábria, está incluída no patrimônio mundial da humanidade da Unesco.

No Brasil, a Serra da Capivara, também considerada como patrimônio da humanidade pela Unesco, é conhecida pelas suas pinturas rupestres. As imagens datam entre 9 e 29 mil anos atrás. Localizada a 530 km de Teresina, no Piauí, o local vem sofrendo com problemas relacionados à crise financeira, o que coloca em risco os registros ancestrais.


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