Folha de S. Paulo


Astronautas das missões Apollo têm maior risco de problemas cardíacos

BBC/Nasa
Três dos 24 astronautas das missões Apollo morreram por problemas cardíacos
Três dos 24 astronautas das missões Apollo morreram por problemas no coração

Poucas pessoas na história já experimentaram pisar fora da Terra. Os que fizeram isso talvez tenham levado consigo uma cruel lembrança da conquista espacial: problemas cardíacos.

Um estudo, publicado nesta quinta (28) na revista científica "Scientific Reports", foi o primeiro a analisar, a longo prazo, a saúde dos astronautas das missões Apollo, os únicos no mundo que se distanciaram do escudo magnético da Terra.

Problemas cardiovasculares aparentemente afetam mais os astronautas que foram para o espaço profundo quando comparados a outros que nunca voaram ou que realizaram voos orbitais. Para aprofundar os resultados, os cientistas da equipe afiliada à Nasa fizeram testes em ratos.

Os pesquisadores concluíram que a radiação do espaço profundo pode ter causado os problemas cardíacos presentes nos astronautas das missões Apollo.

RESSALVA

Mesmo concordando que a radiação espacial é uma questão importante na saúde cardiovascular, especialistas da área acreditam que o pequeno número de astronautas que podem ser utilizados como amostra dificulta conclusões precisas.

Somente 12 astronautas pisaram na Lua durante as missões Apollo. Desses, sete haviam morrido até o momento em que o estudo foi finalizado. Edgar Mitchell, que seria o oitavo, morreu após a conclusão da pesquisa.
Dos sete, três morreram por problemas cardíacos, entre eles Neil Armstrong.

Além de uma amostra reduzida, o estudo desconsiderou outros fatores de risco, como doenças prévias e histórico familiar.


Endereço da página:

Links no texto: