Folha de S. Paulo


Pesquisadores acham 3 novas espécies de aranhas saltadoras na Colômbia

A Universidade Nacional encontrou três novas espécies de aranhas saltadoras na Colômbia. A descoberta foi divulgada nesta segunda-feira (18).

Trata-se da Chapoda gaitana, encontrada no departamento de Tolima, no centro do país, da Chapoda sanlorenzo, encontrada na área rural da cidade caribenha de Santa Marta, e da Chapoda suaita, proveniente de uma floresta andina no departamento de Santander, no nordeste.

"Graças às características morfológicas destes indivíduos, foi determinado que se tratava de espécies não registradas", afirma o pesquisador William Galvis, do laboratório de Aracnologia do Instituto de Ciências Naturais.

O cientista explicou que as aranhas saltadoras devem seu nome a essa forma de locomoção, que facilita sua capacidade de caça. No entanto, ao contrário de outras, essas não constroem as habituais teias e são errantes.

"Este é um grupo de organismos que previamente não eram conhecidos da ciência, nem na Colômbia nem em outro lugar do mundo", afirmou Galvis.

As três aranhas saltadoras, que apresentam um comprimento total de, em média, 4,3 milímetros, se diferenciam pelos seus caracteres reprodutivos, com morfologias distintas em machos e fêmeas. Galvis identificou também cristas e pelos específicos com os que as aranhas produzem sons audíveis ou não para os humanos.

"O som é utilizado em interações dentro da mesma espécie, para que um macho reconheça uma fêmea ou para que dois machos se reconheçam entre si. Em algumas ocasiões também utilizam o som para se defender, e há muitos casos em que este só se escuta entre elas", disse o biólogo.

Na Colômbia, há mais de 900 espécies de aranhas relatadas, a primeira descrita em 1.837 e batizada Dysdera solers. Com mais de 54.870 espécies em seu território, sem contar os micro-organismos, a Colômbia é um dos dez países com maior biodiversidade do mundo, segundo o Sistema de Informação sobre Biodiversidade do Instituto Humboldt (colombiano).


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